Independentemente da raça, idade e tamanho, os problemas ortopédicos em cães são comuns e devem ser levados à sério.
Assim como acontece com os seres humanos, os animais também podem desenvolver problemas que tendem a um agravamento dependendo de alguns fatores.
Vários desses problemas possuem origem genética, enquanto que outros se desenvolvem após quedas, deslizes em chão liso e outros tipos de traumas.
Independentemente do caso, o sobrepeso e a idade mais avançada são fatores que aumentam o risco e maximizam os sintomas.
Mas a verdade é que esses problemas são bastante recorrentes na clínica veterinária, fazendo com que o ortopedista seja um dos profissionais mais requisitados.
Esse especialista é capaz de tratar condições que acometem ossos, ligamentos, musculatura e articulação dos animais.
Mas quais são os problemas ortopédicos em cães? Continue lendo esse texto para conhecer mais sobre esse assunto.
O diagnóstico é o primeiro passo para tratar problemas ortopédicos em cães
Antes de entender mais sobre os problemas ortopédicos em cães, é preciso conhecer mais à fundo o universo da ortopedia.
A ortopedia veterinária é uma das principais especialidades e, estuda e diagnostica casos de traumas e outros problemas relacionados aos ossos, músculos, articulações e ligamentos nos animais.
Essa especialização já existe há muito tempo e, surgiu com o aumento da importância da medicina veterinária.
Ela tem como objetivo proporcionar mais conforto e uma melhor qualidade de vida aos animais, diminuindo a incidência de dores e desconfortos em geral.
Para isso, leva-se em consideração que a locomoção é um dos pontos mais importantes para garantir o bem estar dos animais.
Sendo assim, essa especialidade consegue fazer com que os animais cheguem até o final de suas vidas com grande bem estar.
Cuidado com as quedas!
Muitos pets são bastante agitados e também curiosos, o que aumenta em muito a ocorrência de quedas e traumas de vários tipos.
Há também aqueles que estão sempre brigando com outros animais. Isso sem falar nos cães que escapam e são atropelados.
Por fim, fatores genéticos e a idade mais avançada também aumentam a probabilidade de o cão ter problemas ortopédicos.
Independentemente do tipo de problema, é fundamental que o diagnóstico seja feito por um profissional qualificado, que consiga orientar sobre as melhores formas de tratamento.
É importante também que o próprio profissional tenha conhecimentos profundos sobre a área, conhecimento profundamente os problemas que envolvem ossos, músculos e articulações.
Exames ortopédicos iniciais
A ortopedia é uma área muito importante da medicina veterinária, sendo essencial para o diagnóstico e tratamento dos principais problemas relacionados aos músculos, ossos e ligamentos.
Essa área do conhecimento possui uma série de exames e técnicas utilizados para a identificação de problemas e análise da gravidade dos mesmos.
O diagnóstico é a primeira etapa, pois é por meio dele que o profissional escolhe qual é o melhor método para estabilizar os ossos, reposicionar articulações ou recuperar a musculatura.
Quando o paciente chega até o consultório, a primeira coisa a ser feita é avaliar os sinais clínicos do paciente e, o histórico.
Nessa situação, é importante que o profissional visualize a movimentação do animal, para que possa avaliar realmente se existe alguma anormalidade.
A primeira coisa a ser descartada é a existência de atrofias musculares ou desenvolvimento anormal dos músculos.
Identificar o membro afetado é prioridade e, a partir disso deve-se aumentar cada vez mais o nível de especificação.
Principais sinais de problemas ortopédicos em cães
Quando o animal chega ao consultório, geralmente existem queixas que levam o profissional a desconfiar de que existe um problema ortopédico.
A dificuldade de locomoção é o sinal mais óbvio, mas existem também outros que são mais sutis, como por exemplo:
- Redução do apetite;
- Choro e demonstração de dor na locomoção;
- Dificuldade para se levantar ou deitar;
- Problema para defecar e urinar;
- Apoiar menos um dos membros no chão ou evitar de movimentar o mesmo;
- Morder e lamber uma parte específica do corpo;
- Passar muito tempo na mesma posição.
Conheça os principais problemas ortopédicos em cães
São muitos os problemas ortopédicos em cães, mas existem alguns que são bastante recorrentes nos consultórios de medicina veterinária.
Para fazer o diagnóstico adequado, é necessário conhecer a fundo cada um deles e, então optar pelo melhor tratamento, seja ele farmacológico, cirúrgico ou de fisioterapia, por exemplo.
Então, conheça a seguir quais são os principais problemas que chegam aos consultórios:
Luxação de patela
A luxação de patela é um dos principais problemas ortopédicos em cães e se desenvolve no joelho do animal.
Essa condição pode ser ocasionada tanto por fatores genéticos quanto por traumas, mas a motivação congênita é a mais comumente observada.
A luxação congênita não é bem compreendida ainda, visto que não se sabe ao certo como as deformidades que o animal possui podem contribuir com o desenvolvimento do problema.
Também não se sabe ao certo quais são os problemas que podem surgir devido às luxações de ordem genética.
O que acontece em todos os casos é que a gravidade das deformidades está diretamente relacionada com a severidade da luxação, bem como com a idade do animal.
Além disso, existe a questão do tempo em que o animal permanece com a luxação, visto que quanto maior for o período, maiores são também as alterações no ângulo e na torção do membro.
Nesse caso, os sinais clínicos observados, variam de acordo com o grau de luxação, mas em geral o animal manca de forma consistente, além de apresentar sinais de dor e diminuição da movimentação.
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Diagnóstico
Para o diagnóstico, o veterinário responsável deve palpar o joelho e ter grande atenção e sensibilidade para conseguir identificar o problema.
Muitas vezes é possível fechar o diagnóstico dessa maneira, mas em casos mais leves, é preciso realizar radiografias que mostrem o grau da deformidade e da osteoartrite presente no joelho.
A partir da verificação do grau de comprometimento do membro, o médico deve avaliar quais são os melhores tratamentos.
Em alguns casos a intervenção cirúrgica é necessária para fazer a reconstrução de tecidos ósseos e moles.
Independentemente das técnicas escolhidas, o tratamento visa sempre posicionar novamente a patela de forma adequada, de modo que ela continue no lugar em toda a amplitude do movimento.
Nos casos mais graves é necessário tratar a luxação patelar cirurgicamente e, existem muitas técnicas que permitem isso. Em alguns casos, podem ser combinadas técnicas diferentes.
Fraturas e luxações vertebrais (FLV)
Fraturas e luxações vertebrais (FLV) são problemas ocasionados principalmente por lesões traumáticas ou então patológicas da coluna vertebral.
Basicamente, ocorre compressão, concussão e laceração, podendo ocorrer prejuízos às estruturas neurais do local.
Podendo levar a danos medulares permanentes, essa condição é tida como sendo muito grave e, deve ser diagnosticada e tratada rapidamente.
O problema leva a aproximadamente 7% dos problemas neurológicos em cães e, podem ocorrer sobretudo em traumas durante acidentes de carro.
Outras causas comuns são: chutes, quedas, brigas com outros animais, choques com objetos, infecções, osteopatias nutricionais ou neoplasias.
Na maioria dos casos, as fraturas acontecem na região toracolombar da coluna vertebral e, é comum que o paciente tenha lesões em outros locais também.
Sendo assim, é necessário que o veterinário realize um exame clínico completo para identificar todas as lesões existentes, antes de iniciar o tratamento.
O diagnóstico é realizado a partir da observação dos sinais do paciente, juntamente com as informações obtidas a partir de imagens da coluna.
Os sinais podem variar bastante, desde sensibilidade vertebral aumentada até a paralisia e perda dos estímulos.
Dependendo da gravidade, o veterinário deve fazer o tratamento, que é realizado com imobilização, analgesia, e uso de neuro protetores.
A cirurgia para descompressão da medula, alinhamento ou estabilização da coluna também pode ser recomendada em casos mais graves.
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Problemas ortopédicos em cães: ligamento cruzado
Entre os problemas ortopédicos em cães, existem muitas queixas relacionadas aos ligamentos cruzados.
Esses são extremamente importantes para a estabilização da articulação do joelho e, o estresse excessivo sobre a região pode levar à ruptura.
Isso acontece com maior frequência em cães mais jovens de porte grande.
A ruptura do ligamento cruzado cranial está entre os problemas mais frequentes e, se relaciona diretamente com doenças degenerativas do joelho.
Esse ligamento se rompe mais facilmente porque se relaciona com o movimento articular. Associado a isso pode ocorrer também a ruptura do ligamento cruzado caudal.
Quando isso ocorre, a ruptura pode ser do tipo completa, provocando grande instabilidade ou, incompleta. Mas nos dois casos ocorrem problemas nas articulações, levando a um quadro de degeneração em pouco tempo.
Importância do diagnóstico
O diagnóstico correto é primordial para a escolha do tratamento e, nesse caso deve ser observado se há claudicação aguda nos membros posteriores, sobretudo durante a movimentação mais intensa.
Em animais maiores, mais pesados e com idade mais avançada, pode ocorrer também um caso de claudicação crônica.
Existem várias técnicas utilizadas para avaliar a capacidade de movimentação, mas é desejável que se faça uma radiografia para verificar o quanto a articulação está comprometida. O espessamento medial da cápsula articular pode ser observado quando existe ruptura.
Pode ser necessária a intervenção cirúrgica para estabilização das articulações, a fim de diminuir os problemas degenerativos e progressivos.
Problemas ortopédicos em cães: hérnia de disco
A hérnia de disco, ou doença do disco intervertebral (DDIV), é mais um entre os problemas ortopédicos mais frequentes em cães, sendo associada a muitos serviços neurológicos prestados por profissionais veterinários.
Na maioria das vezes isso acontece na região toracolombar e cervical cranial. Entre todas as raças de cães que existem os Dachshunds possuem predisposição muito maior ao desenvolvimento desse problema.
Esse é um problema raro em animais jovens, que tenham menos do que dois anos de idade. Mas muitos animais o acabam desenvolvendo com o passar do tempo.
Os maiores problemas que surgem nessa condição, estão associados a compressão do disco e de lesões na medula, decorrentes da extrusão do disco.
A gravidade varia de acordo com a quão severa é a lesão no animal, mas em casos muito graves o cão pode se tornar tetraplégico. Avaliar a gravidade é fundamental para definir o melhor tratamento.
Para diagnosticar o problema, é necessário avaliar o histórico e a condição atual do paciente. A associação de imagens também é desejável nesse caso.
A radiografia simples nesse caso não consegue diagnosticar o problema diretamente, servindo apenas para eliminar a possibilidade de que existem outras condições associadas.
Mielografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética são mais precisas nesse caso.
Em casos mais leves, apenas o repouso absoluto em gaiola durante quatro ou oito semanas pode ser suficiente.
Para lesões mais severas, é necessário realizar intervenção cirúrgica associada a tratamentos complementares.
Displasia Coxofemoral
A displasia coxofemoral (DCF) é uma condição muito comum, que acomete regiões como a cabeça, acetábulo e colo do fêmur.
Em geral a transmissão é hereditária, com característica recessiva. Mas existem fatores que agravam consideravelmente a condição.
Má nutrição, condições biomecânicas e questões ambientais podem piorar em muito os sinais e a gravidade da displasia.
Os sinais clínicos são variáveis, podendo ser associadas a problemas uni ou bilaterais. Com isso, ele pode ter claudicação, arqueamento do dorso, deslocamento do peso corporal e, também mudança do posicionamento dos membros.
Felizmente, os criadores de cães estão cada vez mais preocupados em evitar o problema, cruzando apenas animais que não possuem o problema.
Mas ainda existem muitos animais acometidos pelos problemas, sobretudo os de grande porte, de raças como Pastor-Alemão, Rottweiler, Labrador e São Bernardo.
Nesse caso, pode-se fazer uma radiografia para avaliar a existência ou não do problema logo aos seis meses de idade do cão.
Isso é desejável porque facilita o tratamento, melhorando em muito a qualidade de vida do animal.
Em geral, o tratamento de manutenção é feito por meio de medicamentos que melhoram o bem estar do animal e, ajudam a diminuir as dores e sinais.
Displasia do cotovelo em cães
Assim como acontece com a displasia de quadril, o problema no cotovelo dos cães também é bastante frequente e provoca uma série de problemas.
Ela também se desenvolve ao longo do desenvolvimento do animal e, os sintomas vão evoluindo com o tempo.
Muitas vezes os sinais clínicos da existência da anomalia não são claros, mas quando a artrite secundária se instala, então o animal começa a demonstrar o acometimento.
As raças de porte grande possuem mais chances de terem a displasia, devido ao crescimento acelerado.
Clinicamente o principal sinal de que o animal possui displasia de cotovelo é o ato de mancar com as patas dianteiras.
Quando ambas as patas são afetadas, o cão começa a dar passos mais curtos e arrastados, sem tirar do chão ao caminhar.
Em muitos casos o controle da doença é feito por meio de medicação que diminui as dores e ajuda a manter a saúde articular.
No entanto, no caso de problema mais grave, os animais jovens podem se beneficiar muito com a cirurgia de reparação da articulação afetada.
Apesar de ser muito mais invasiva, a cirurgia para a reconstrução do cotovelo também deve ser vista como uma alternativa.
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Artrite é um problema ortopédico em cães
A artrite é basicamente conhecida como doença articular degenerativa e, pode se desenvolver como consequência de outros problemas ortopédicos em cães.
Basicamente, a artrite é a degeneração gradual da articulação ocasionada por uma inflamação. Esse processo é muito doloroso e provoca redução da qualidade de vida do animal.
Lesões e desalinhamentos das articulações provocam uma inflamação localizada, provocando instabilidade e diminuição da lubrificação local.
É importante entender que a artrite é uma doença que progride com o tempo e, por isso, quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico, mais fácil é encontrar um tratamento adequado.
Na clínica, é comum que cheguem animais com sinais compatíveis com esse diagnóstico. Sendo os mais frequentes a perda de massa muscular, dificuldade de locomoção, rigidez, impossibilidade de subir e descer, bem como de saltar.
O animal com esse problema apresenta sinais evidentes de dor, como dificuldade para deitar, levantar e claudicação.
Quando a condição é diagnosticada, o profissional pode optar por uma terapia combinada, incluindo anti-inflamatórios, suplementos nutricionais, terapias regenerativas e dieta para perda de peso.
Massagem e exercícios de reabilitação também contribuem em muito para o sucesso do tratamento.
Mas em casos graves pode ser necessário recorrer a procedimento cirúrgico para conseguir devolver a qualidade de vida ao cão.
Antes de iniciar qualquer tratamento, é fundamental que o profissional tenha antes descartado outros problemas ortopédicos comuns.
Necrose asséptica da cabeça do fêmur (NACF)
A necrose asséptica da cabeça do fêmur (NACF) é uma condição que ocorre sobretudo em cães de porte pequeno.
A condição se manifesta geralmente durante os primeiros anos de vida do cão, antes do fechamento da linha de crescimento.
Isso acontece com frequência em animais das raças Yorkshire Terrier e Poodle toy, mas ainda não se sabe exatamente porque isso acontece.
É provável que a condição se desenvolva devido a problema hormonal, questões hereditárias, conformação anatômica e pressão intracapsular.
Para o diagnóstico, devem ser observados sinais típicos da doença, que incluem a atrofia muscular, encurtamento do membro, dor durante a movimentação e atrofia da musculatura do quadríceps e dos glúteos.
A claudicação e movimentação com amplitude reduzida também são sinais importantes na determinação do quadro.
Assim como acontece com outros problemas, é importante diagnosticar e tratar o mais rápido quanto for possível.
Radiografias também são solicitadas com frequência para que se confirme o diagnóstico mais facilmente. É possível verificar o aparecimento de regiões mais escuras na cabeça do fêmur.
O tratamento desse problema nem sempre é simples, pois pode exigir a excisão da cabeça e colo femorais (colocefalectomia).
Os veterinários mais conservadores preferem indicar apenas repouso e analgésicos, mas nesse caso a recuperação é muito demorada.
Apesar das opções existentes, o animal pode continuar com sequelas que o acompanham durante toda a vida.
Após a cirurgia, é indicado que os animais façam algumas sessões de fisioterapia para que consigam recuperar o movimento.
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Fraturas e traumas são os problemas ortopédicos em cães com maior incidência
Fraturas e traumas são problemas ortopédicos em cães que possuem grande incidência, pois eles podem acontecer por causa de acidentes comuns do dia a dia.
Por isso, é bastante frequente em animais ativos e bagunceiros. Justamente isso faz com que a ocorrência seja mais comum em filhotes.
Sendo assim, se você tem um cãozinho em casa, não é nada difícil que precise consultar um veterinário especialista em ortopedia e trauma.
Quedas de alturas elevadas, atropelamentos, brigas com outros animais e agressões por parte dos seres humanos são as causas mais comuns.
Assim como acontece com as pessoas, em alguns tipos de traumas, basta fazer a imobilização adequada do membro para garantir a regeneração óssea, fazendo com que o cão se recupere.
Isso deve ser acompanhado por repouso e, depois de recuperado, o membro pode precisar de fisioterapia.
O que significa fraturar um membro?
Basicamente, a fratura é um osso que se rompe devido a algum tipo de trauma sofrido pelo animal.
Apesar de menos comum, ela pode ser provocada também por fragilidade óssea, hiperadrenocorticismo, raquitismo e deficiência de cálcio.
É importante também diferenciar as fraturas completas das incompletas. Como você pode imaginar, a fratura completa provoca o rompimento total do osso, levando a uma separação das partes.
Nesse caso ela pode ser aberta ou fechada. Na fratura exposta, a pele se rasga e os ossos do animal são expostos, enquanto que na fechada as partes permanecem no interior do corpo.
Em contrapartida, a fratura incompleta é considerada de menor gravidade, visto que provoca somente uma fissura no osso do animal
Mesmo sem que ocorra o rompimento completo do osso, esse tipo de fratura provoca muita dor.
Os sinais das fraturas e traumas na clinica
Assim como acontece com outros tipos de problemas, os sinais observados na clínica variam muito, dependendo do tipo de lesão, localização e gravidade dela.
O que acontece na maioria dos casos é que o animal apresenta uma grande sensibilidade na região afetada, reagindo negativamente ao toque.
Então, é comum que nesse caso o cão se torne agressivo ou até mesmo depressivo em algumas situações.
No caso de fraturas nas patas, que são bastante comuns, o cão tende a apresentar dificuldade de locomoção e suspende o membro acometido.
As fraturas de costela também são comuns, mas nesse caso é preciso ter maior preocupação e cuidados.
Isso porque a condição pode levar o animal a apresentar dificuldade para respirar, se locomover e, também pode deixar de se alimentar adequadamente.
O desvio da coluna, conhecido como cifose também pode acontecer nesse caso. O animal fica curvo, assemelhando-se a um arco.
Diagnóstico de fraturas
Fraturas e traumas estão entre os principais problemas ortopédicos em cães e, por sorte, são diagnosticados com certa facilidade.
É importante que o tutor leve o animal a um veterinário assim que perceber os sinais que já foram citados.
Então, o profissional fará um exame clinico e entrevista com o tutor para colher informações sobre a saúde do cão e sobre o que o levou a ficar naquele estado.
Por meio do exame clínico, o médico observa o corpo do animal e, se suspeitar de que existe uma fratura, deverá solicitar exames de diagnóstico por imagem, como Raio-X.
Podem ser necessários vários Raio-X, para conseguir observar o animal em várias posições, de modo a fechar o diagnóstico adequadamente.
Após diagnosticar o problema, o veterinário deverá decidir entre a imobilização do membro ou então por uma cirurgia de fixação óssea.
Antes do procedimento cirúrgico, é comum que o profissional solicite exames complementares, como eletrocardiograma e verificação de taxas sanguíneas.
Depois do procedimento cirúrgico, é necessário o repouso do cão, com restrição de atividades físicas.
Geralmente esse período varia entre 15 e 30 dias, mas depende muito do tipo de procedimento realizado, bem como da resposta do animal ao se recuperar.
O cachorro vai precisar de fisioterapia?
Para ajudar o animal na recuperação dos movimentos, é fundamental submetê-lo a sessões de fisioterapia.
Técnicas bem aplicadas auxiliam os animais com a diminuição da inflamação, dor e inchaço que podem ocorrer após a correção cirúrgica.
Dessa forma, melhoram-se as condições para que o animal possa se recuperar e restaurar a movimentação e funcionalidade do membro afetado.
Ademais, a fisioterapia após traumas em cães, ajuda a trazer de volta a força, devido a reabilitação da massa muscular que pode se perder durante o período de imobilização.
Como prevenir problemas ortopédicos em cães
Os problemas ortopédicos em cães são condições muito comuns, que podem acontecer independentemente das ações do tutor.
Mas é possível evitar que alguns deles se desenvolvam. Manter o peso corporal do animal dentro do normal é fundamental para evitar desgastes da cartilagem e ósseos, por exemplo.
Para evitar fraturas e traumas, não permita que o animal suba em locais altos e, nunca o deixe sem coleira durante o passeio para que ele não se envolva em brigas e nem seja atropelado.
Manter a boa alimentação do animal também é fundamental para evitar a fragilidade óssea e articular.
Além disso, evite pisos escorregadios, que provoquem a desestabilização do animal durante o caminhar e, mantenha as unhas sempre aparadas.
Conclusão
Os problemas ortopédicos em cães são muito comuns e, muitas vezes eles não podem ser evitados.
Sendo assim, quando você perceber qualquer alteração de comportamento no seu animal, leve-o imediatamente ao veterinário.
Nesses casos, o diagnóstico precoce e correto, é fundamental para a eficiência do tratamento.