A economia nacional está dando os primeiros sinais de estabilidade após anos de uma complicada crise financeira. No entanto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que a falta de oportunidade no mercado de trabalho ainda afete cerca de 12 milhões de brasileiros . Por isso, tomar conta de animais de estimação pode se tornar uma fonte de renda ou aumentar a arrecadação de uma família.

Assim, há alguns aplicativos que tendem a fazer a intermediação de quem necessita de alguém para cuidar do seu pet e daqueles que estão se dispondo a essa tarefa. Basicamente, a relação é bastante semelhante ao que já acontece com os softwares de transporte e entrega de comida.

A Agencia Brasil realizou uma reportagem sobre o tema e entrevistou o aposentado Aroldo Pereira. O cidadão recebe os bichinhos na sua residência situada em Brasília (DF). Além disso, Pereira reconheceu que utiliza o aplicativo DogHero para conversar com os seus clientes.

Vale a pena tomar conta de animais de estimação?

De modo geral, o tutor revelou a Agencia Brasil que chega a ter até dez cachorros por vez. Só que tudo depende do tamanho do animal em questão. Além disso, o aposentado admitiu que passou a utilizar a plataforma por indicação de sua filha, que atua como veterinária.

Inicialmente, ele voltou ao mercado de trabalho para não cair no tédio gerado pela aposentadoria. Assim, ele efetuou o seu cadastro na reta final de 2017. De lá para a cá, a demanda aumentou consideravelmente.

O morador do Distrito Federal ainda revelou que consegue faturar em torno de 4 mil reais por mês. No entanto, a sua expectativa para fechar o faturamento do segundo mês do ano poderia ultrapassar R$ 6 mil reais. Por isso, Aroldo Pereira pretende fazer alguns investimentos e ajustes para que possa manter esse nível de faturamento daqui por diante.

Antes de conseguir a aposentadoria, ele atuou como funcionário público por mais de duas décadas. O seu trabalho se concentrou mais de dez anos na área comercial, o que acabou por facilitar a sua adaptação quando começou a tomar conta de animais de estimação.

Conheça a plataforma DogHero

O DogHero é um negócio nacional que funciona como uma plataforma virtual a fim de ligar donos de cachorros a quem fornece trabalho de hospedagem ou passeios (dog walkes) aos animais de estimação. Fundada em 2014 por Eduardo Baer e Fernando Gadotti, o empreendimento já está funcionando em três nações: o Brasil, a Argentina e o México.

Portanto, a rede de anfitriões é composta por mais de 15 mil indivíduos espalhados por mais de 600 municípios brasileiros, algumas cidades argentinas e a capital do México. Além disso, a plataforma integrou a função de dog Walker nas duas principais cidades nacionais, São Paulo e Rio de Janeiro no ano de 2018.

Como é o funcionamento da plataforma?

Ficou interessado em tomar conta de animais de estimação no seu tempo livre ou de forma integral? Então, é preciso saber que tanto no serviço de anfitrião quanto na função de passeio parte do valor pago pelo cliente é retido pela empresa. Sendo assim, a DogHero está disponível nos aplicativo iOS, Android e na rede mundial de computadores.

Portanto, a clientela acerta o trabalho e efetua o pagamento pelos serviços de modo direto no app. Pela DogHero, os tutores de pets acham passeadores e anfitriões através do rastreamento de GPS. Ou seja, é possível selecionar o profissional que está mais próximo de você!

E, é importante pontuar que se o animal necessitar de algum atendimento veterinário no tempo no passeio ou na casa do anfitrião, a DogHero conta com a opção para solicitar o reembolso das despesas. Todavia, essa não é a única plataforma a disposição. A My Pets Nanny também oportuniza esse contato entre tutores e cuidadores.

Mercado brasileiro de pets

A questão é que tomar conta de animais de estimação é uma tendência que veio para ficar, especialmente, no território nacional. Afinal, o mercado de pets no Brasil aparece entre os cinco maiores do planeta, conforme um levantamento do Euromonitor Internacional.

Em 2013, já havia mais animais do que crianças no país. Eram 52 milhões de cachorros e outros 23 milhões de gatos ante a 45 milhões de crianças, segundo dados divulgados pelo IBGE. Por isso, trabalhar para zelar pelo bem estar de animais pode resultar em muito mais dinheiro do que se imagina.

Responsabilidades ao tomar conta de animais de estimação

O fato é que a profissão de cuidador de animais, também chamada de “pet sitter”, começou a despontar no Brasil ainda em 2010 e segue em frança expansão. Os especialistas alegam que esse segmento deve crescer porque facilita a vida das pessoas com pets que necessitam viajar ou estão lidando com algum imprevisto.

Pensando nisso, algumas plataformas até concedem seguro para um eventual problema durante a estadia. Já quem vai receber os animais na sua residência precisa verificar se a carteira de vacina, o vermífugo e o repelente do hospede de quatro patas estão em ordem.

Afinal, o individuo corre o perigo de encarar uma mordida do animal, por exemplo. Sendo assim, é indispensável fazer essa avaliação previamente e conhecer o animal antes de fechar a hospedagem. Até porque ninguém deseja lidar com um pet agressivo na sua residência por um espaço de tempo.

Realizar essa analise é de vital importância para saber se o cachorro vai se adaptar ao cuidador e aos demais que já podem estar no espaço. Além disso, é essencial estar bastante atento durante o passeio e não permitir que nenhum dos bichinhos se solte da coleira.

Já aqueles que vão tomar conta dos animais de estimação na moradia dele precisam observá-lo. Uma vez que uma visita é de normalmente 60 minutos, o bicho tende a se sentir sozinho. Nessas situações, existe a chance de a imunidade cair e ele estar propenso a sofrer com algumas enfermidades. Se notar qualquer coisa errada, avisa ao tutor e procure por ajuda.

O que se precisa para ser um cuidador de pets?

• Já ter feito mais de 18 anos de idade;
• Gostar genuinamente de passar tempo com os bichinhos;
• Ter espaço a sua disposição (residência, apartamento, sítio, entre outros)
• Ter disposição para brincar receber lambidas e interagir com os animais;
• Nada de gaiolas, baias e casinhas do lado de fora sob o sol, chuva ou serena;
• Cumprir todos os intuitos solicitados pela plataforma para faturar recompensas financeiras;
• Ter experiência pessoal com animais (afinal, por mais fofos que sejam, algumas vezes, os animais dão trabalha e demanda cuidados específicos).
• Não é obrigatório ter um pet próprio no momento da inscrição tanto para passear quanto para anfitrião.