Muitos seguidores do islamismo consideram cães criaturas sujas e algumas raças são até mesmo consideradas “demoníacas”. Veja qual a posição sobre cães e o islamismo!
O Alcorão menciona cachorros duas vezes, apesar de em nenhuma delas o conteúdo ser particularmente negativo. A primeira é uma permissão que as pessoas possam comer carne trazida por cães caçadores. Na segunda, um grupo de fiéis e seus cães escapam dos perseguidores ao se esconderem em uma caverna, onde eles acabam dormindo.
Cães e o islamismo
Apesar de haver seguidores que acreditem que cães não devem ser considerados ofensivos, levando em consideração o conteúdo das passagens citadas acima, outros muitos acreditam que as escrituras desencorajam os muçulmanos na criação de cães em suas casas, principalmente devido ao episódio em que o anjo Gabriel não encontra o profeta Maomé porque um filhote canino havia andando na casa do profeta. O anjo fala “Nós anjos não entramos em uma casa em que há um cachorro ou uma foto”.
Em algumas passagens atribuídas a Maomé, há passagens mais hostis, como quando ele teria ordenado que os cães fossem assassinados. Nesse caso, estudiosos muçulmanos afirmam que muitos ditos são fabricados ou no máximo têm origem questionável.
É importante notar que cães possuem um papel importante em determinados países islâmicos, como a Turquia. Um grupo de amantes caninos criaram a página no facebook “Good Muslims Love Dogs” (Bons muçulmanos amam cães) para quebrar a ideia que todos os muçulmanos não gostam de cães.
É permitido possuir um cão apenas para caça e proteção. Já para ser pet e servir exclusivamente de companhia, o profeta é contra, porque eles têm outros efeitos nocivos, embora Deus não faça qualquer menção de quais são eles.
Então, qual é a posição islâmica sobre os cães?
De fato, existem várias opiniões de acordo com as diferentes faculdades de direito. A maioria considera a saliva dos cães impura, enquanto a escola Maliki faz uma distinção entre cães domésticos e selvagens, considerando apenas a saliva destes últimos impura. A questão para os muçulmanos observadores de outras faculdades de direito é: quais são as implicações dessa impureza?
Alguns muçulmanos se opõem a ter um cachorro em casa por causa de um relato profético de que anjos não entram em um lar com cães.
Mas o Alcorão permite o uso de cães de caça, que é uma das razões pelas quais a escola Maliki faz uma distinção entre cães domésticos e selvagens (já que é permitido comer caça que esteve na boca de um cão). Mas o mais convincente é a descrição do Alcorão de um cão que acompanhou jovens justos que escapavam à perseguição religiosa.
Os juristas podem argumentar sobre a localização adequada do cão. Eles afirmam que ele deve permanecer no limiar da casa, não dentro dela. Mas os designs das casas variam de acordo com as culturas.
A extrema preocupação com a impureza dos cães provavelmente surgiu historicamente quando o Islã se tornou mais um fenômeno urbano.