As novas diretrizes para transporte de pets em aviões podem ser vistas como algo positivo para tutores que, ano após ano, sentiam apreensão ao viajar com seus amigos de quatro patas.
Afinal, são inúmeras as notícias de fatalidades envolvendo pets que viajavam de avião com seus tutores, como o caso Joca, que aconteceu este ano e que veremos mais detalhes ao fim deste artigo. Continue lendo para saber mais.
Veja também: Por que os gatos têm medo de água? A solução para a aquafobia de gatos
Novas diretrizes para transporte de pets em aviões
No dia 30 de outubro, o Governo Federal apresentou novas diretrizes para transporte de pets em aviões com foco em segurança e transparência, alinhando as práticas brasileiras com as internacionais.
O programa desenvolvido é chamado de PATA – Plano de Transporte Aéreo de Animais, e tem relação direta com a morte do cachorro Joca, que faleceu em abril durante o seu transporte em um avião da companhia Gol.
Para as companhias que fazem o transporte de animais, o Governo deu um prazo de 30 dias para que todas se adaptem às novas regras. Além disso, a Anac – Agência Nacional de Aviação Civil ainda desenvolverá um modelo de fiscalização para garantir que as normas sejam cumpridas.
E ainda, a Anac também está trabalhando na elaboração de padrões de aplicação de multas para as companhias que descumprirem alguma das regras das novas diretrizes.
Basicamente, as mudanças foram as seguintes:
Rastreabilidade dos animais
A rastreabilidade dos animais é um dos pontos relevantes das novas diretrizes para transporte de pets em aviões. Essa rastreabilidade acontecerá por meio de um sistema de acompanhamento em tempo real, garantindo que seja possível localizar o animal com facilidade.
Dessa maneira, pode-se haver um maior controle do transporte de cada pet, com reconhecimento mais ágil quanto ao local onde ele está no momento.
Veja mais: Como ajudar um animal de estimação que perdeu o dono?
Suporte veterinário
Além da rastreabilidade, o suporte veterinário também é outra regra muito importante e que pode fazer a diferença na saúde e no bem-estar dos animais.
Nesse caso, é necessário que haja suporte veterinário em aeroportos, para assistência emergencial aos animais transportados sempre que necessário.
Criação de canal direto com o tutor
Outro ponto relevante é a criação de um canal de comunicação direta com os tutores. Nesse canal, será possível tratar das regras de transportes e receber atualizações sobre a situação do voo, a fim de que os tutores estejam sempre a par de tudo o que vem acontecendo.
Leia mais: Cachorro sempre com fome: o que pode ser?
Controle de qualidade
Um controle de qualidade também será implementado. Nesse caso, haverá a padronização das práticas de transporte, garantindo que todos os animais recebam os mesmos cuidados, com base em técnicas comprovadas e com foco em bem-estar e na segurança.
Casos recentes motivaram as mudanças
As novas diretrizes para transporte de pets em aviões foram motivadas por situações que, infelizmente, geraram sofrimento para muitos tutores, como o caso do cachorro Joca.
Joca, que foi equivocadamente posto em um avião errado, deveria ser transportado do Aeroporto Internacional de São Paulo para Sinop (MT), mas foi colocado em um voo para Fortaleza (CE). Isso fez com que seu tempo de viagem, que deveria ser de 2h30, durasse mais de 8 horas.
Ao ser reenviado para São Paulo, Joca não resistiu e acabou falecendo durante o voo. Segundo especialistas, o cachorro sofreu de uma condição chamada “choque cardiogênico”, que pode ser causado por estresse e desidratação, e que desencadeia uma deficiência no bombeamento de sangue, que reduz a oxigenação no organismo e é fatal quando não tratado imediatamente.
Esperamos que essas novas diretrizes possam trazer mais segurança e um cuidado muito mais atencioso para com os animais que viajam em aviões.
Compartilhe com mais pessoas para informar a todos sobre as mudanças!
Veja mais: 260 Nomes de cachorros inteligentes: ideias para seu amigo
Conteúdo revisado por: M.V. Leticia Vianna (CRMV- RJ 18426)