29 de abril de 2025 – Na manhã de terça-feira, a Polícia Civil do RJ, junto com a Secretaria de Meio Ambiente de Arraial do Cabo (SEMAS), realizou a Operação Liberandum no bairro Canaã. O alvo era a casa do médico cardiologista Walter Rau da Silva Vieira, suspeito de maltratar animais. O que os agentes encontraram por lá foi chocante: cães e gatos vivendo no meio da sujeira, com fezes espalhadas, restos de comida estragada e um freezer cheio de corpos de filhotes e cães adultos congelados.

Durante a ação, quatro gatos foram achados trancados dentro de um banheiro, também em situação precária. A polícia ainda encontrou medicamentos de uso controlado, anestésicos e até uma erva parecida com maconha. O médico foi preso em flagrante saindo de casa para ir trabalhar no posto de saúde de Sobradinho, em Araruama.
Ao todo, dez animais (seis cães e quatro gatos) foram resgatados com vida e levados para atendimento veterinário. A casa foi interditada, e a perícia técnica foi chamada para investigar tudo direitinho.
30 de abril de 2025 – No dia seguinte, o caso já estava repercutindo em todo o país. O Conselho Regional de Medicina Veterinária do RJ (CRMV-RJ) se posicionou com firmeza. Eles pediram ao Conselho de Medicina (CREMERJ) que avalie a cassação do registro profissional do médico. Em nota, o CRMV-RJ disse que um profissional da saúde deveria cuidar da vida, e não cometer crueldades. Para eles, o que aconteceu foi “inadmissível”.
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2 de maio de 2025 – Dois dias depois, veio uma notícia mais positiva: os animais resgatados estavam recebendo os cuidados necessários. Seis cães e três gatos foram tratados na clínica de castração da cidade e, depois, transferidos para a ONG “Eu Sou Testemunha de Golias”, no Rio. A prefeitura também informou que muita gente entrou em contato para adotar os bichinhos. Quando estiverem prontos, eles serão encaminhados para novos lares. Outros grupos de proteção, como o “Amor em Patas”, também estão ajudando na divulgação e nas adoções.
Quem Está Envolvido no Caso?
Polícia Civil do RJ (132ª DP – Arraial do Cabo)
Foi quem conduziu a operação. O delegado Renato Perez comandou a ação e contou que a cena dentro da casa era horrível. O médico foi preso na hora e segue à disposição da Justiça.
Secretaria de Meio Ambiente (SEMAS)
Participou da ação com sua equipe de fiscalização ambiental. O secretário Pedro Henrique Corrêa também estava presente, e a prefeitura reforçou os canais de denúncia para casos de maus-tratos.
Grupos de Apoio
A operação também contou com apoio do GOPAM (Grupo Ambiental e Marítimo) e do PROEIS (programa de segurança). Eles ajudaram no resgate e garantiram a segurança da equipe no local.
CRMV-RJ (Conselho de Veterinária)
Emitiu nota de repúdio e avisou que mandou um ofício ao CREMERJ, pedindo que avalie a situação do médico. Mesmo não sendo veterinário, o CRMV entende que a atitude dele fere valores básicos de respeito à vida.
CREMERJ (Conselho Regional de Medicina)
Foi notificado pelo CRMV-RJ. O conselho é o responsável por avaliar se o médico pode continuar exercendo a profissão.
ONGs de Proteção Animal
A ONG “Eu Sou Testemunha de Golias” ficou com a guarda dos animais resgatados. Já o grupo “Amor em Patas”, de Arraial, também ajudou na divulgação e vai acompanhar as adoções.
O Que Disseram?
O CRMV-RJ soltou um comunicado bem forte, dizendo que é absurdo um profissional da saúde tratar animais dessa forma. Eles destacaram que quem cuida da vida precisa dar o exemplo, e que situações como essa não podem ser toleradas.
O delegado Renato Perez, responsável pelo caso, relatou que os policiais encontraram os corpos dos animais no freezer da casa, e os vivos estavam cercados de sujeira. Ele confirmou que o médico foi preso em flagrante e que a cena foi das mais tristes que a equipe já viu.
Até agora, o médico não deu nenhuma declaração pública, mas o caso segue sendo investigado pela polícia e pelo Ministério Público.
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E Agora?
O médico vai responder por maus-tratos a animais, crime previsto na Lei Federal 9.605/98. Quando envolve cães e gatos, como nesse caso, a pena pode chegar a cinco anos de prisão. Ele também pode receber multa e ser proibido de ter animais no futuro.
Além disso, o CREMERJ pode cassar o registro dele como médico, e outras investigações ainda estão em andamento — como o uso irregular de remédios controlados e o possível crime de ocultação de cadáver.
No lado social, o caso gerou uma grande comoção. Milhares de pessoas compartilharam as imagens nas redes, fizeram denúncias e pediram justiça. A repercussão foi tanta que a prefeitura e os grupos de proteção receberam centenas de mensagens querendo adotar os animais.