Maconha para uso veterinário, celular para pets e coleira para galinhas foram algumas das novidades apresentadas na Global Pet Expo, a maior feira do mundo desse mercado para animais de estimação.
A feira desse ano aconteceu nos dias 4, 5 e 6 de março e contou com a presença de mais de mil expositores de 200 países.
Alexandre Rossi foi até Orlando, nos Estados Unidos, para trazer todas as informações ao público brasileiro.
Assista o vídeo feito pelo especialista em comportamento animal na feira:
Agora saiba mais detalhes sobre a Global Pet Expo em uma entrevista exclusiva com o Alexandre Rossi!
PdD) De todas as novidades apresentadas na Global Pet Expo, qual mais te impressionou?
Eu não esperava encontrar maconha para cães, gatos e até papagaios! Mas, o uso, o tipo e a concentração é para uso medicinal. A princípio causa uma estranheza, mas, depois, fica claro que a intenção não é “drogá-los”!
PdD) Você pode explicar como funciona o celular para pets?
A Motorola lançou na feira o que eles estão chamando de primeiro celular para cães. É um aparelho que fica acoplado à coleira do pet e que possui GPS. Ele tem diversas configurações e, em uma delas, permite que o dono seja avisado, por SMS, caso o cão lata mais do que o normal ou ultrapasse certo local.
PdD) No vídeo podemos ver que você provou um osso para cachorros, você costuma experimentar os produtos para pets? E acha que todos deveriam fazer isso também?
Eu realmente experimento muita coisa, mas isso porque eu sou muito curioso, não porque acho que temos que experimentar tudo antes de dar ao nosso animal. As exigências nutricionais e o paladar dos animais podem ser bem diferentes do nosso. Tem que ser saudável e gostoso para eles, não para nós! Mas, tenho que confessar que já conheço bem o gosto deles, então, fica mais fácil saber se vão gostar ou não.
PdD) Atualmente, o mercado pet está em constante crescimento, existem inúmeros produtos para cachorros. Você acha que existe algum exagero ou algo que não seja tão benéfico aos cães, como roupinhas desconfortáveis ou produtos que substituem os humanos na hora da brincadeira?
Eu encontrei de tudo na Global Pet Expo porque, imagina, foram mais de mil expositores, de mais de 200 países. Havia produtos que incentivavam uma rotina mais natural para os animais, tinham soluções mais tecnológicas, como o celular para cães e a portinha para gatos com programação para a entrada e saída deles. Vi também produtos para ampliar o bem-estar do pet, como escadas e rampas para facilitar o acesso a alguns lugares.
Claro, havia uma variedade muito grande de acessórios, cervejas, roupas (inclusive de futebol), coleiras com diamantes e muitos carrinhos de bebê para cães – até para os de porte grande. Eu acho que, se o dono tem vontade e fica feliz ao colocar um acessório ou uma roupa no animal, tudo bem, não tem problema. O que não pode é fazer com que essas vontades se tornem mais importantes do que as do pet. O bem-estar deles deve vir em primeiro lugar!
PdD) Qual sua opinião sobre as galinhas estarem sendo tratadas como animais de estimação nos Estados Unidos, usando coleiras como se fossem cachorros? Isso seria apenas uma moda do momento?
Não acho que seja moda. É algo que vem em uma crescente na Europa. Por exemplo, no ano passado, enquanto estava na Inglaterra para fazer uma palestra na Universidade de Lincoln, vi o quanto os ingleses se preocupam com o bem-estar dos animais, e não só dos cães e gatos. Eles foram os percussores do incentivo para deixar as galinhas livres, fora do galinheiro. A peitoral que vi na feira apenas traduz essa tendência.
PdD) A Estopinha e o Barthô vão ganhar muitos presentes dessa viagem?
Vão sim! Vários expositores já os conhecem pelo Facebook e acabam dando diversos presentes. Eu também procuro testar algumas novidades e eles adoram. Vou fazer vídeos e disponibilizá-los nas nossas mídias sociais.
Agradecimentos: Alexandre Rossi e Cão Cidadão
