A erliquiose monocíclica canina, também conhecida como “doença do carrapato“, acomete cães em todo o mundo, e até agora, a única medida de proteção estava na tentativa de manter nossos cães o mais distante possível desses aracnídeos parasitas.

Em uma descoberta acidental, durante testes para o estudo de bactérias em animais, um grupo de pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém conseguiu desenvolver uma vacina contra a erliquiose monocíclica canina. Os pesquisadores perceberam que uma das bactérias, a Ehrlichia canis, nesse caso a causadora da erliquiose monicíclica canina, estava reagindo de forma diferente.

A vacina foi então desenvolvida a partir do vírus atenuado da Ehrlichia canis. Em um grupo de 12 cães, quatro foram vacinados duas vezes com o vírus atenuado, quatro foram inoculados uma única vez e os últimos quatro serviram de grupo de controle.

Após serem inoculados, os cães vacinados não mostraram nenhum sinal de doença ou efeitos colaterais. Posteriormente, todos os cães foram infectados com o tipo mais grave da doença. O grupo de controle desenvolveu a doença de maneira mais severa e dos oito cães vacinados, cinco permaneceram saudáveis e três apresentaram febre baixa.

A vacina se mostrou efetiva em estudo experimental e os resultados foram publicados na edição da “Vaccine”.

A notícia foi compartilhada quando uma equipe da Escola de Veterinária Koret, em Rehovot (Sul de Israel), ligada à Universidade Hebraica, desenvolvia projetos a partir de bactérias relacionadas a cães. Shimon Harrus, da Escola de Veterinária Koret, comenta sobre a descoberta:

Estávamos lidando com outra pesquisa quando notamos que a bateria que estávamos usando experimentava mudanças, estava enfraquecendo. Esse foi o momento em que eu e meu colega, o professor Gad Baneth, decidimos checar se essa tendência poderia ser usada como vacina. A pesquisa provou que estávamos certos.

Via Extra/Globo

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