Ruby, uma cadela considerada inadotável após ser devolvida cinco vezes ao abrigo, tornou-se a primeira cachorra de abrigo a integrar a Unidade K9 da Polícia Estadual de Rhode Island, nos EUA. Em um surpreendente desfecho, ela salvou a vida do filho da voluntária que nunca desistiu dela, uma história que agora inspira um filme na Netflix.
De rejeitada a heroína: a transformação de Ruby
Energia excessiva e comportamento difícil de controlar fizeram com que Ruby fosse adotada e devolvida ao abrigo cinco vezes. A maioria dos funcionários havia perdido a esperança de encontrar um lar permanente para ela, exceto Patricia Inman, uma voluntária que continuou acreditando no potencial da cachorra.
A virada na história de Ruby aconteceu em 2011, quando o cabo Dan O’Neil, que há anos tentava ingressar na Unidade K9 da Polícia Estadual de Rhode Island, decidiu adotá-la. “Ruby foi a primeira cadela de abrigo a ser adotada e colocada no trabalho policial na Polícia Estadual de Rhode Island”, relatou O’Neil ao site People.
Os primeiros meses foram desafiadores. A cadela apresentava comportamento agressivo, dificultando o processo de socialização. Com paciência e dedicação de Dan e o apoio de Patricia, Ruby começou a mostrar progresso.
O treinamento durou um ano inteiro. “Foi uma façanha, porque este é o cão que não se sentava nem por cinco segundos. Para passar no teste, tive que fazê-la sentar no mínimo por cinco minutos”, explicou O’Neil. Ao final, Ruby se formou com louvor nas classes de detecção de restos humanos e busca e resgate.
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O resgate que mudou tudo: o reencontro com Patricia
Em 2017, seis anos após a adoção de Ruby, o Departamento de Polícia de Gloucester solicitou ajuda para localizar um adolescente desaparecido há mais de 36 horas em Rhode Island. Após seis horas de busca intensa, Ruby encontrou o jovem inconsciente e permaneceu ao seu lado com Dan até a chegada dos socorristas.
O que ninguém esperava era a extraordinária coincidência que estaria por vir. Ao conhecer a família do menino resgatado, Dan descobriu que a mãe do garoto era Patricia Inman – a mesma voluntária que nunca havia desistido de Ruby anos antes.
“Mesmo seis anos depois de não vê-la, Ruby estava abanando o rabo e pulando em cima de Pat, dando-lhe beijos”, relatou o cabo. “Eu disse a Pat: essa foi a maneira de Ruby dizer obrigado por lhe dar uma chance.”
O último capítulo da jornada de Ruby
Ruby, a cadela que inspirou o filme O Resgate de Ruby e se destacou como heroína nas operações da polícia K-9 em Rhode Island, precisou ser sacrificada aos 11 anos após ser diagnosticada com uma doença súbita e sem possibilidade de tratamento. O procedimento foi realizado no dia 13 de maio e divulgado pela polícia estadual no domingo, 15. Em nota oficial, o coronel Darnell Weaver destacou a importância de Ruby, lembrando que ela dedicou sua vida a servir a comunidade e se tornou um verdadeiro símbolo de esperança ao mostrar para o mundo o quanto um cão de abrigo pode alcançar quando recebe amor e oportunidade: “Ruby dedicou sua vida a servir os cidadãos de Rhode Island e causar um impacto positivo em todas as pessoas com quem interagiu. Ela se tornou um símbolo de esperança, mostrando ao mundo o que um cão de abrigo pode fazer quando recebe amor e uma chance de brilhar.”
Da vida real para as telas: a história que virou filme
A jornada de Ruby não passou despercebida por produtores de cinema. Sua história de superação e o incrível reencontro com Patricia inspiraram o filme “Resgatado Por Ruby” (Rescued by Ruby), disponível na plataforma de streaming Netflix.
Louise DuArt, uma das produtoras executivas do filme junto com SQuire Rushnell, compartilhou com o site People: “Nossa esperança, nossa oração honestamente, é que as pessoas vejam o filme e saiam, e adotem um cão de abrigo”.
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