A crueldade contra animais continua a ser uma triste realidade no Brasil, frequentemente impulsionada por indivíduos que buscam notoriedade nas redes sociais.
O recente caso envolvendo o influenciador digital Alexandre é um exemplo alarmante dessa tendência.
Com quase um milhão de seguidores, ele foi preso em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, após divulgar vídeos de maus-tratos a animais.
Mais um caso de maus-tratos contra animais: influenciador é preso!

Na noite de 5 de maio de 2025, o influenciador foi detido em flagrante após denúncias.
As acusações incluíam alimentar filhotes de cães com galinhas vivas, mutilação de animais e falta de cuidados básicos, como água e ração.
Os vídeos, compartilhados pelo próprio influenciador, mostravam cães da raça cane corso atacando galinhas vivas, cenas que chocaram a opinião pública e geraram revolta nas redes sociais.
Além disso, os animais apresentavam sinais de mutilações, como orelhas cortadas, indicando práticas cruéis e ilegais.
A exposição desses atos nas redes sociais não apenas evidenciou a gravidade dos maus-tratos, mas também levantou questões sobre a responsabilidade de influenciadores digitais e os limites da busca por engajamento online.
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Como denunciar maus-tratos a animais
Denunciar casos de maus-tratos é fundamental para proteger os animais e responsabilizar os agressores. No Brasil, existem diversos canais para realizar denúncias:
- Delegacias de Polícia: É possível registrar boletins de ocorrência presencialmente ou online, dependendo do estado.
- Disque Denúncia 181: Serviço anônimo e gratuito disponível em vários estados.
- Ibama: Para casos envolvendo fauna silvestre, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis recebe denúncias pelo telefone 0800 61 8080.
- ONGs e protetores locais: Organizações não governamentais e protetores independentes podem auxiliar na orientação e encaminhamento das denúncias.
Ao denunciar, é importante fornecer o máximo de informações possíveis, como fotos, vídeos, endereço e descrição detalhada do ocorrido, para facilitar a investigação e a tomada de providências pelas autoridades competentes.
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Prisão e soltura do influenciador
Após sua prisão, ele foi encaminhado à delegacia, onde permaneceu detido até 7 de maio.
A Justiça de Minas Gerais decidiu pela sua soltura.
A decisão gerou controvérsia, com muitos questionando a interpretação da gravidade dos maus-tratos e a mensagem transmitida à sociedade sobre a impunidade em casos semelhantes.
O caso reacendeu debates sobre a legislação de proteção animal no Brasil e a necessidade de penas mais severas para crimes de crueldade contra animais.
Em resumo, o caso destaca a urgência de ações mais eficazes na prevenção e punição de maus-tratos a animais.
A sociedade civil, autoridades e plataformas digitais devem colaborar para promover a conscientização, fortalecer as leis existentes e garantir que a busca por popularidade nas redes sociais não ultrapasse os limites da ética e do respeito à vida animal.
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A soltura dele não encerra a discussão. Pelo contrário, mostra o quanto ainda precisamos evoluir quando o assunto é proteção animal.
Enquanto as punições seguirem brandas e os maus-tratos forem tratados com relativização, casos assim continuarão a acontecer.
É preciso pressionar por leis mais firmes, por fiscalização ativa e, acima de tudo, por uma cultura de respeito aos animais.
Cada denúncia conta. E cada animal salvo também.