Nos Estados Unidos milhares de animais de estimação estão sendo abandonados como consequência não planejada das políticas de imigração. Estamos observando que no governo atual, do Presidente Trump, muitas famílias estão sendo deportadas ou presas pelo ICE (Serviço de Controle de Imigração dos EUA) e se veem forçadas a deixar seus pets para trás, criando uma crise humanitária que se estende ao reino animal. Esse cenário está sobrecarregando abrigos já em dificuldades e deixando inúmeros animais sem o cuidado que merecem.

A situação é um novo capítulo na questão migratória americana, onde as vítimas mais inocentes – os animais – pagam um preço alto por políticas que não consideraram seu bem-estar.
A Crise Inesperada: Quando a Deportação Separa Famílias e Pets
As políticas de imigração implementadas durante a administração Trump criaram uma consequência que ninguém estava preparado para enfrentar: o abandono forçado de animais de estimação. Quando agentes do ICE prendem ou deportam membros de famílias imigrantes, os pets frequentemente ficam para trás, sem possibilidade de acompanhar seus tutores em processos que acontecem de forma abrupta e sem preparação.
Daymi Blain, responsável pela organização Adopt and Save a Life Rescue Mission na Flórida, resume a situação de forma contundente: “É isto que está a acontecer: pets com donos deportados ou presos. Ninguém liga por mais nada“.
A natureza súbita das deportações torna impossível para as famílias fazerem arranjos adequados para seus pets. Muitos animais são simplesmente deixados em casas vazias, vagando por bairros ou entregues a vizinhos que podem não ter condições de cuidar deles adequadamente.
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Abrigos em Colapso: O Impacto da Imigração no Bem-Estar Animal
O sistema de abrigos americano já enfrentava desafios significativos antes desta crise relacionada à deportação de imigrantes e seus animais. Falta de financiamento, escassez de voluntários e baixos índices de adoção já pressionavam essas organizações ao limite. Agora, com o influxo adicional de animais abandonados devido às políticas migratórias, muitos abrigos estão literalmente colapsando.
Jean Harrison, do Big Fluffy Dog Rescue em Nashville, expressa a falta de preparação para este tipo de emergência: “As associações preparam-se para desastres. Planeámos para cheias, tornados, e furacões. Nunca me passou pela cabeça que tivéssemos de nos preparar para os animais deixados de imigrantes deportados“. Até as organizações de proteção animal completamente desprevenidas.
Kara Starzyk, líder do abrigo Abandoned Pet Rescue em Fort Lauderdale, na Flórida, descreve a situação de forma ainda mais dramática: “Estamos à beira do colapso — na verdade, para lá da beira. Já colapsámos. Não há espaço para todos estes animais“. Os números corroboram esta realidade: mais de 56.800 pessoas estavam sob custódia do ICE em julho de 2024, e embora não seja claro quantas tinham animais, o impacto nos abrigos é inegável.
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Como a Comunidade Pode Ajudar Pets Afetados pela Deportação
Diante desta crise humanitária que envolve animais, deportação e imigração, várias formas de ajuda são essenciais para minimizar o sofrimento dos pets abandonados. As comunidades locais desempenham um papel crucial em identificar e reportar animais em situação de abandono, especialmente em bairros com alta população imigrante.
Adoção responsável continua sendo a solução mais eficaz a longo prazo. Famílias interessadas em adotar podem procurar especificamente por animais que foram vítimas desta situação, oferecendo-lhes uma segunda chance de encontrar um lar amoroso. Muitas organizações têm programas específicos para esses casos, facilitando o processo de adoção.
Voluntariado e doações também fazem diferença significativa. Abrigos necessitam desesperadamente de pessoas dispostas a ajudar no cuidado diário dos animais, transporte para consultas veterinárias, e apoio em eventos de adoção. Doações financeiras, ração, medicamentos e equipamentos são sempre bem-vindos e podem significar a diferença entre a vida e a morte para muitos animais.
Preparando-se para o Inesperado: Planos de Contingência para Tutores
Embora a situação seja complexa e muitas vezes fora do controle dos tutores, existem medidas preventivas que famílias em situação migratória vulnerável podem adotar para proteger seus pets. Ter um plano de emergência é fundamental e pode incluir identificar pessoas de confiança que possam cuidar temporariamente dos animais em caso de emergência.
Documentação adequada dos pets é essencial. Manter registros veterinários atualizados, informações sobre medicamentos, hábitos alimentares e comportamentais pode facilitar a transição para cuidadores temporários ou permanentes. Microchipagem e identificação com tags atualizadas também são medidas importantes para garantir que os animais possam ser reunidos com suas famílias se possível.
Estabelecer contatos com organizações locais de proteção animal antes que uma emergência ocorra pode ser crucial. Muitas organizações mantêm listas de emergência para situações como essa e podem oferecer orientação sobre os melhores recursos disponíveis. A preparação antecipada pode significar a diferença entre o abandono total e uma transição mais suave para os animais em caso de deportação ou prisão dos tutores.
Uma solução também é deixar um plano de ação preparado para conseguir enviar seu pet para seu país de origem. Deixe separados documentos, e alguém responsável que possa fazer esse tramite para seu pet chegar até você.
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