“Good Boy” traz uma abordagem inédita: o terror visto pelos olhos de um cachorro

Entre tantas produções lançadas todos os anos no gênero de terror, algumas tentam sair do padrão e buscar novas formas de impactar o público. 

Em um festival recente, um filme chamou a atenção por adotar uma proposta que não é comum nesse tipo de narrativa. 

A história é contada a partir de uma perspectiva diferente e oferece ao espectador uma experiência incomum e, ao mesmo tempo, intimista!

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Saiba mais sobre o filme “Good Boy”

Good Boy
Protagonista do filme Good Boy. Foto: Reprodução Instagram @goodboy.film

“Good Boy” é um filme de terror que estreou no SXSW 2025 e se destaca por adotar um ponto de vista inédito no gênero: toda a narrativa é contada sob a perspectiva de um cachorro. 

O longa foi dirigido por Ben Lemberg, que escalou seu próprio cão, chamado Toller, para viver o protagonista canino Indy. O personagem humano principal é interpretado por Shane Jensen, no papel de Todd, tutor de Indy. 

A história acompanha a mudança dos dois para uma casa isolada, onde acontecimentos estranhos começam a ocorrer. Desde o início, o cachorro percebe algo errado naquele espaço, percebendo sinais e presenças que os humanos não conseguem captar.

O filme trabalha a tensão de forma progressiva. Em vez de usar sustos constantes ou efeitos sonoros intensos, aposta em uma construção lenta de horror psicológico. 

A percepção do cachorro sobre o ambiente é o que guia a narrativa e, ao longo do tempo, o comportamento de Indy expressa claramente a presença de algo ameaçador, mesmo que nada visível apareça em cena. 

Essa escolha permite ao público sentir a mesma inquietação crescente vivida pelo animal, criando uma atmosfera de desconfiança e vigilância.

À medida que a trama se desenvolve, Todd começa a demonstrar sinais de adoecimento, enquanto Indy passa a agir como uma espécie de guardião, tentando protegê-lo das ameaças. 

O filme mostra o cão atento, reagindo a ruídos, sombras e movimentos sutis, o que reforça a ideia de que há algo mais naquela casa, mesmo que o espectador não veja claramente. 

Para alcançar esse efeito, o diretor Ben Lemberg apostou em uma direção cuidadosa e em um longo processo de filmagem, com o objetivo de registrar reações reais do cão. A escolha por usar o comportamento autêntico de Toller contribuiu para transmitir uma sensação de realismo dentro da história sobrenatural.

“Good Boy” foge do padrão por evitar atalhos fáceis e usar a linguagem corporal de um animal como principal ferramenta narrativa.

A proposta traz um olhar sensível sobre a conexão entre o cão e seu tutor, ao mesmo tempo que mergulha o público em uma sensação constante de vigilância. Com a interpretação silenciosa, mas expressiva, de Toller no papel de Indy, o filme transforma um elemento já comum em histórias de terror — uma casa isolada com algo errado — em algo novo, ao explorar como um cachorro percebe e reage a esse tipo de ambiente. 

Isso transforma a experiência do público, fazendo com que ele observe cada gesto, cada alerta do animal, como se estivesse na pele dele.

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