Meu cão pode tomar melatonina? Veja os benefícios e doses.

Muitos tutores se perguntam se a melatonina é segura e eficaz quando seus pets apresentam problemas de ansiedade, estresse ou dificuldades para dormir. A melatonina, conhecida como o “hormônio do sono”, tem ganhado destaque na medicina veterinária como uma alternativa natural para diversos problemas comportamentais e de saúde em cães.

A boa notícia é que a melatonina pode ser uma ferramenta valiosa no cuidado com a saúde do seu dog, mas como qualquer suplemento, deve ser administrada com orientação veterinária adequada.

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Cão dormindo relaxado. Imagem: Pexels

Este hormônio natural oferece benefícios que vão além do simples controle do sono, podendo auxiliar em casos de ansiedade por separação, fobias a ruídos e até mesmo em alguns problemas dermatológicos.

O que é a melatonina e como funciona nos cachorros

A melatonina para cachorro é um hormônio produzido naturalmente pela glândula pineal, localizada no cérebro dos cães. Este hormônio desempenha um papel fundamental na regulação do ciclo circadiano, ou seja, o “relógio biológico” que controla os períodos de sono e vigília. Quando a luz diminui, a produção de melatonina aumenta naturalmente, sinalizando ao corpo que é hora de relaxar e se preparar para o descanso.

Na medicina veterinária, a melatonina sintética tem se mostrado eficaz como suplemento terapêutico. Diferentemente de sedativos tradicionais, a melatonina não força o sono, mas ajuda o organismo a reconhecer naturalmente quando é hora de descansar. Isso torna o suplemento mais seguro e com menos efeitos colaterais quando comparado a outros medicamentos para ansiedade ou distúrbios do sono.

O interessante sobre a melatonina é que seus benefícios vão além da regulação do sono. Este hormônio também possui propriedades antioxidantes e imunomoduladoras, o que significa que pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico do cachorro e proteger as células contra danos causados pelo estresse oxidativo. Essas características adicionais fazem da melatonina uma opção terapêutica versátil na veterinária.

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Principais indicações da melatonina para cachorros

A versatilidade da melatonina para os cães permite seu uso em diversas situações clínicas e comportamentais. Uma das aplicações mais comuns é no tratamento da ansiedade, especialmente em casos de ansiedade por separação, quando o cão apresenta comportamentos destrutivos ou sinais de estresse quando fica sozinho. O suplemento também é amplamente utilizado para ajudar cães que desenvolvem fobias a ruídos, como trovões, fogos de artifício ou barulhos urbanos intensos.

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Cão deitado relaxado. Imagem: Pexels

Para cachorros com distúrbios do sono, a melatonina oferece uma solução natural e eficaz. Cães idosos frequentemente desenvolvem alterações no padrão de sono, acordando durante a madrugada ou apresentando inquietação noturna. Nesses casos, o suplemento ajuda a restaurar um ciclo de sono mais regular e reparador. Filhotes também podem se beneficiar da melatonina durante períodos de adaptação a novos ambientes ou rotinas.

Surpreendentemente, a melatonina também tem aplicações dermatológicas em cachorros. O hormônio pode auxiliar no tratamento de alopecia estacional, uma condição em que o cão perde pelo em determinadas épocas do ano devido a alterações na exposição à luz solar. Além disso, veterinários podem prescrever melatonina como terapia complementar em casos de hiperadrenocorticismo (síndrome de Cushing), aproveitando seus efeitos reguladores sobre o sistema hormonal.

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Dosagens seguras e como administrar

Calculando a dose adequada

A dosagem correta de melatonina para cachorro varia significativamente dependendo do peso, tamanho, idade do animal e do problema específico a ser tratado. De forma geral, veterinários recomendam doses que variam entre 1 e 6 mg por dia, administradas por via oral. Para cães pequenos, com peso inferior a 10 kg, as doses típicas ficam entre 1 a 2 mg diários, enquanto cães de porte médio podem receber de 2 a 3 mg.

Cachorros de grande porte, acima de 25 kg, podem necessitar de doses entre 3 a 6 mg diários, sempre respeitando a prescrição veterinária. É importante ressaltar que nunca se deve determinar a dosagem por conta própria, pois fatores como sensibilidade individual, condições de saúde preexistentes e uso de outros medicamentos podem influenciar na dose necessária e na segurança do tratamento.

Formas de administração e timing

A melatonina deve ser administrada preferencialmente 30 a 60 minutos antes da situação desejada, seja para induzir relaxamento antes do sono ou para preparar o cão para situações potencialmente estressantes. Produtos específicos para uso veterinário são sempre a primeira escolha, pois são formulados sem substâncias tóxicas para cães, como o xilitol, frequentemente encontrado em suplementos humanos.

Para facilitar a administração, muitos tutores optam por esconder o comprimido ou cápsula em petiscos macios ou comida úmida que o cão aprecie. Existem também versões em formato de biscoitos mastigáveis com sabor atrativo, que tornam a administração mais simples e prazerosa para o pet. O importante é garantir que o cachorro ingira completamente a dose prescrita.

Segurança, efeitos colaterais e contraindicações

Embora a melatonina seja considerada relativamente segura quando utilizada adequadamente, é essencial conhecer os possíveis efeitos adversos e situações em que seu uso não é recomendado. Os efeitos colaterais mais comuns incluem sonolência excessiva, especialmente quando a dose está acima do necessário, e distúrbios gastrointestinais leves como diarreia, vômitos ou desconforto abdominal.

Alguns cães podem apresentar mudanças comportamentais temporárias, como irritabilidade ou confusão, particularmente durante os primeiros dias de tratamento. Esses efeitos geralmente diminuem conforme o organismo se adapta ao suplemento, mas devem ser comunicados imediatamente ao veterinário para possível ajuste na dosagem ou interrupção do tratamento.

Existem contraindicações importantes que todo tutor deve conhecer. A melatonina não deve ser administrada a fêmeas gestantes ou lactantes, cães com hipersensibilidade conhecida ao hormônio, ou animais com doenças autoimunes graves. Cães em tratamento com anticoagulantes, imunossupressores ou outros hormônios também requerem cuidado especial, pois podem ocorrer interações medicamentosas.

Por isso, a supervisão veterinária é fundamental em todos os casos.

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Escolhendo o produto certo e cuidados especiais

A escolha do produto adequado é crucial para o sucesso e segurança do tratamento com melatonina para cachorro. Produtos veterinários específicos são sempre preferíveis, pois são formulados considerando as necessidades fisiológicas dos cães e não contêm aditivos potencialmente perigosos. Quando o veterinário autoriza o uso de melatonina de uso humano, é essencial verificar que o produto não contenha xilitol, chocolate ou outros edulcorantes artificiais tóxicos para cães.

Evite sempre produtos de liberação prolongada quando se trata de cães, pois estes foram desenvolvidos para metabolismo humano e podem ter efeitos péssimos nos pets. Opte sempre por formulações de liberação rápida ou imediata, que permitem um controle mais preciso dos efeitos e facilitam ajustes na dosagem quando necessário.

O armazenamento adequado também merece atenção. Mantenha a melatonina em local seco, protegido da luz e em temperatura ambiente. Verifique sempre a data de validade antes da administração e descarte adequadamente produtos vencidos. Lembre-se de que a resposta à melatonina pode variar entre diferentes cães, e pode ser necessário um período de ajuste para encontrar a dose e o timing ideais para seu pet específico.

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