Uma cachorra com problemas cardíacos passou por um procedimento raro para aumentar suas chances de sobrevivência.

No dia 3 de março, professores, estudantes de pós-gradução e residentes realizaram a cirugia de implante de um aparelho marcapasso na cadela Joana, que é da raça Schnauzer e tem 10 anos.

 

A cachorra Joana passou por uma cirurgia de implante de marcapasso. (Foto: Reprodução / Unesp Botucatu)

A cachorra Joana passou por uma cirurgia de implante de marcapasso. (Foto: Reprodução / Unesp Botucatu)

Cirurgia na cachorrinha

A tutora levou a cachorra ao Hospital Veterinário da Unesp porque ela tinha desmaios frequentes e convulsões.

Com um monitoramento dos batimentos cardíacos de Joana durante 24 horas, a equipe veterinária descobriu que ela tinha a Síndrome do Nodo Doente. A estudante de pós-graduação, Amanda Sarita Cruz Aleixo, explica esse diagnóstico:

Ela apresentou alterações significativas, com pausas longas nos batimentos que provocavam os desmaios. Chegamos a registrar pausas de 8 segundos. Pela gravidade do caso, sabíamos que teríamos resultados parciais com os medicamentos. O que realmente daria sobrevida a ela seria o implante do marcapasso

Para realizar a cirurgia, foi feita uma parceria entre a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) e a Faculdade de Medicina (FM) da Unesp de Botucatu (SP).

 

O procedimento é raro no Brasil. (Foto: Reprodução / Unesp Botucatu)

O procedimento é raro no Brasil. (Foto: Reprodução / Unesp Botucatu)

 

Rosa Maria da Silva, tutora da cachorra, foi alertada sobre a gravidade do caso e os riscos do procedimento.

A cirurgia foi bem sucedida e a cadela Joana não teve mais desmaios.

De acordo com a professora Maria Lucia, a implantação de marcapasso em cachorros não é feita com tanta frequência no Brasil por causa do alto custo do aparelho e de todo o procedimento.

Problemas cardíacos em cães

A doença cardíaca é comum entre os cães. Cães mais velhos são particularmente afetados, mas a doença cardíaca pode ocorrer em qualquer idade ou ser congênita.

A doença cardíaca é geralmente um processo contínuo sem cura, mas a progressão da doença pode ser retardada.

A terapia medicamentosa adequada pode prolongar significativamente a vida desses pacientes. Uma mudança na dieta também pode dar uma contribuição importante para o bem-estar e a ausência de sintomas do paciente.

Existem aproximadamente dois grandes grupos de doenças cardíacas: por um lado, doenças que afetam todo o coração ou os músculos do coração e, por outro lado, doenças das válvulas cardíacas.

Uma distinção também pode ser feita entre defeitos cardíacos congênitos e adquiridos.