Xoloitzcuintli

Evidências arqueológicas sugerem que os antepassados do Xolo eram cães que acompanhavam povos migratórios em toda a massa de terra de Beríngia – agora submersas – da Ásia para o Novo Mundo.

Conhecido por alguns como a primeira raça das américas, o Xolo tem uma origem muito antiga, datando da era pré-colombiana, há mais de 3.500 anos.

Diferente de outras raças caninas, ele não foi criado pela junção de duas raças. Por séculos a raça persistiu através de seleção natural, sem a manipulação direta do homem.

Há achados arqueológicos do Pelado Mexicano nas cerâmicas dos povos locais e nos relatos dos conquistadores espanhóis.

Eles tinham a fama de serem curandeiros misticos, podendo incrivelmente auxiliar em problemas de dor de dente e insônia. Seus corpos quentes traziam benefícios para pessoaso com reumatismo e asma.

As pessoas da época acreditavam que ele mantinha espíritos ruins e intrusos a distância.

Infelizmente, apesar de todos os poderes atribuídos a eles, os Pelados Mexicanos também serviram de refeição para os povos antigos.

No incício, foram considerados guias do submundo, podendo levar as almas dos astecas no além.

Mais recente, era muito famoso nas décadas de 1930 e 1940, porém perdeu sua popularidade de uma maneira que chegou a retirado dos registros do AKC. Recentemente, com o interesse do público voltando, ele foi novamente registrado.

– É a única raça canina que começa com a letra “X”;

– Com um nome diferente, são poucos que sabem sua origem. O nome Xoloitzcuintli é uma combinação de Xolotl, um deus asteca responsável pelo submundo, e Itzcuintli, a palavra asteca para cachorro.

– Ele tem uma reputação de curandeiro místico que perdura até hoje em áreas da América Central;

– Apesar do corpo sem pelos, o Xoloitzcuintli adaptou-se de uma maneira que o seu corpo irradia calor até mais que um cachorro com pelos. Por causa dessa característica, os povos antigos costumavam usá-lo como aquecedor natural;

– Nem todos os Xolos não possuem pelo. Na verdade, a falta de pelo pertence a um gene recessivo, então 1 em 4 filhotes nascem com pelo;

– Desenhos da era pré-asteca já mostram uma semelhança visual muito grande com a raça que conhecemos hoje;

– Pasmem, o Xoloitzcuintli já foi confundido com o Chupacabra na fronteiro do México com os Estados Unidos por pessoas que obviamente não conhecem a raça;

– Alguns acreditam que o Xolo tenha sido a primeira associação entre humano e cachorro;

– Seu visual único realmente não é apreciado por todos. É comum em competições no estilo “Cães mais feios do mundo” que um cachorro da raça Pelado Mexicano seja o vencedor;

– O Xoloitzcuintli foi uma das primeiras raças a ser registrada no Kennel Club em 1887. Apesar de toda sua história, ele quase ficou extinto, e chegou a ser removido dos registros do AKC em 1959. Felizmente, o interesse do público voltou e em 2011 foi reconhecida novamente pelo AKC;

– Apesar de sua representação sobrenatural, ele já serviu como alimento para tribos indígenas;

– O Pelado Mexicano aparece em diversas obras dos artistas mexicanos Frida Kahlo e Diego Rivera.

– Hoje há aproximadamente 30.000 cães da raça Xoloitzcuintli no mundo.

O Xolo precisa de uma quantidade moderada de exercício diário, por volta de 20 a 30 minutos. Essas atividades podem incluir uma caminhada ou brincadeiras uma uma área cercada e segura, como um jardim. Ele pode ser muito bem em agility e obediência.

Como o Pelado Mexicano não possui pelos, esse fato o torna mais sensível ao sol. Por isso, não é aconselhado que cães dessa raça fiquem períodos longos de tempo expostos ao sol. É importante que os tutores utilizem protetor solar, este aprovado por veterinários, antes de passeios ao ar livre. Cuidado com o excesso de protetor, para não fechar totalmente seus poros. Para protegê-lo ainda mais, uma alternativa é levá-lo quando o sol não estiver tão quente, o que pode ser tanto no período da noite quanto logo cedo na manhã.

Por ter uma pele mais sensível, o Xolo não responde bem a temperaturas extremas e prefere climas mais temperados e quentes. Quando estiver frio, ele deve ficar em um ambiente mais quente, com aquecedor e algum tipo de agasalho. Essa característica física já elimina a possibilidade dele viver fora de casa, no quintal. Ele deve viver dentro, com a família e ter seu canto, no mínimo uma cama confortável para dormir.

Ele deve tomar banho semanalmente para garantir que sua pele ficará limpa, sem acne. É interessante também aplicar óleos ou hidratantes para manter a pele saudável. Deve-se prestar atenção na frequência que esses cães serão lavados, já que ele naturalmente possui óleos que o protegem. Ou seja, o excesso pode predudicá-lo.

Como ele é um cão protetor por natureza e geralmente é muito desconfiado com humanos que não conhece, é interessante que o tutor o exponha o máximo que puder a outras pessoas. Apesar do treinamento, deve-se manter em mente que ele pode nunca ser tão social.