Cientistas encontraram os restos mortais de um cão que viveu há mais de 20 mil anos. Mas o que realmente chamou a atenção foi o estado do esqueleto e as marcas que sugerem que ele pode ter sido cuidado por humanos, mesmo após sofrer lesões. Essa descoberta levanta uma questão fascinante: será que os laços entre humanos e cães são mais antigos e afetivos do que imaginávamos?
O que os ossos revelaram sobre o cachorro pré-histórico
Pesquisadores encontraram um esqueleto quase completo de um cão em uma caverna na Alemanha. O mais impressionante: os ossos mostravam sinais de fraturas que haviam cicatrizado — algo que só seria possível com cuidado prolongado.
Fraturas cicatrizadas indicam afeto e proteção
De acordo com os cientistas, o cão sofreu lesões graves que o deixaram incapacitado por meses. Para sobreviver, ele teria precisado de abrigo, comida e proteção. Isso sugere que alguém cuidou dele com carinho — muito além do que se esperaria de um “animal de trabalho”.
O que isso muda sobre o que sabemos da relação humano-cão
Até hoje, os registros arqueológicos mais antigos já indicavam que humanos domesticavam cães há milhares de anos, mas muitas vezes o vínculo era visto de forma prática — para caça, guarda ou transporte. Essa descoberta, no entanto, sugere algo mais profundo: companheirismo emocional.
A hipótese dos cientistas é que este cachorro tenha sido um dos primeiros tratados como um animal de estimação, não apenas um ajudante. Esse cuidado emocional pode ter sido o início da conexão que temos com nossos cães até hoje.
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Outros achados que indicam o carinho ancestral por cães
Esse não é o único caso arqueológico com indícios de afeto. Em diversos sítios pelo mundo, pesquisadores já encontraram:
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Cães enterrados junto aos donos
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Túmulos ornamentados feitos exclusivamente para cães
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Pinturas rupestres representando cães próximos a humanos
Esses achados reforçam que a relação afetuosa entre humanos e cães pode ter raízes muito mais antigas e profundas.
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Um achado que emociona
Pesquisadores encontraram os restos mortais de um cachorro pré-histórico em uma caverna na Alemanha. O que chamou atenção foi o estado do esqueleto: o animal viveu cerca de 17 mil anos atrás, durante o período Paleolítico, e apresentava sinais de doença grave — mas sobreviveu por um bom tempo, possivelmente graças a cuidados humanos.
Esse detalhe sugere que o cão não era apenas um ajudante de caça, mas um verdadeiro companheiro. O caso reacende o debate sobre quando começou o vínculo afetivo entre humanos e cães.
Como os cientistas analisaram o esqueleto
Os pesquisadores usaram tecnologias como datação por carbono-14 para saber a idade exata do esqueleto e exames de imagem (como tomografia e análise microestrutural dos ossos) para entender o estado de saúde do animal.
Eles identificaram sinais de doença periodontal grave, algo que teria dificultado a alimentação do animal. Ainda assim, ele sobreviveu por bastante tempo após o aparecimento dos sintomas. Isso indica que alguém pode ter alimentado e cuidado dele, algo pouco comum em tempos tão antigos — quando a prioridade humana era a própria sobrevivência.
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Diferença entre domesticação e vínculo emocional
É importante entender que domesticação e afeto não são a mesma coisa. A domesticação do cão, ou seja, sua adaptação genética e comportamental à convivência com humanos, começou há mais de 30 mil anos.
Porém, o vínculo emocional, o carinho e os cuidados com um animal doente ou idoso são outro nível de relação. No caso desse achado, o cuidado com um cão debilitado — que provavelmente já não contribuía tanto para caça ou proteção — sugere um afeto genuíno, e não apenas interesse funcional.
Isso mostra que o papel dos cães como membros da “família” humana pode ser muito mais antigo do que se imaginava.
O achado desse cão pré-histórico nos lembra que o amor pelos animais não é uma moda recente. Ao que tudo indica, nossos ancestrais já entendiam o valor do afeto, do cuidado e da companhia que os cães nos oferecem. E isso, definitivamente, torna a conexão entre humanos e cães ainda mais especial.