Quando animais silvestres são encontrados em áreas urbanas, é comum surgirem dúvidas sobre como agir corretamente diante da situação.
Alguns casos exigem atenção especial das autoridades de saúde, especialmente quando envolvem espécies que podem transmitir doenças graves.
Um episódio recente em Caxias do Sul trouxe à tona esse tipo de preocupação. A seguir, você vai entender o que aconteceu e quais cuidados devem ser tomados ao se deparar com um morcego.
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Saiba mais sobre o caso

A Secretaria Municipal de Saúde de Caxias do Sul confirmou que um morcego encontrado morto no pátio de uma residência testou positivo para raiva. O animal foi localizado em uma casa situada entre os bairros Santa Lúcia e Vinhedos.
Ao encontrar o morcego, o morador acionou a Vigilância Ambiental, que fez o recolhimento do corpo do animal e encaminhou para análise laboratorial e confirmou o diagnóstico.
A detecção do vírus da raiva em um morcego encontrado em área urbana serve de alerta para a população sobre os riscos potenciais da doença, que continua sendo uma preocupação de saúde pública.
A raiva é uma zoonose grave, com taxa de letalidade próxima a 100% quando não tratada adequadamente. O registro de animais infectados, mesmo que isolados, exige medidas de prevenção, monitoramento e orientação à comunidade local.
O que fazer ao encontrar um morcego?
Ao encontrar um morcego, seja vivo ou morto, a orientação é nunca tocá-lo diretamente.
Mesmo quando o animal parece inofensivo ou imóvel, ele pode estar infectado e oferecer risco de transmissão da raiva por meio de contato com a pele ou mucosas.
Em caso de morcego vivo, que esteja voando de forma errática ou caído em locais incomuns, o ideal é manter distância e fechar o ambiente, se for dentro de casa, até que a equipe responsável possa fazer o recolhimento de forma segura.
Quando o morcego é encontrado morto, o procedimento também deve ser feito com cautela.
O correto é acionar a Vigilância Ambiental ou a Secretaria de Saúde do município para que os profissionais capacitados façam o manejo do animal e o encaminhem para análise.
Não se deve descartar o corpo no lixo comum nem tentar manuseá-lo com as mãos, mesmo com proteção. O uso de luvas, pinças ou sacos plásticos por pessoas não treinadas não elimina completamente os riscos de contaminação.
Além disso, é importante verificar se animais domésticos que tiveram acesso ao local estão com a vacinação contra a raiva em dia.
Em caso de contato ou suspeita de mordida, arranhão ou lambedura em mucosas, o tutor deve procurar orientação veterinária imediatamente e notificar a Vigilância Sanitária.
Em humanos, qualquer tipo de contato direto com morcego deve ser comunicado à unidade de saúde mais próxima, pois pode ser necessário iniciar o protocolo de prevenção da raiva com soro e vacina.
Essas medidas são fundamentais para evitar a disseminação da doença e garantir a segurança de todos.
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