Quem convive com cachorro já deve ter passado por momentos em que o animal começa a exalar um cheiro mais forte do que o habitual. A primeira reação, em muitos casos, é pensar que o pet precisa de um banho urgente.
Mas será que essa é sempre a solução correta?
Antes de repetir a limpeza ou trocar os produtos, é importante entender o que pode estar causando esse odor.
Há situações em que a frequência do banho, ao invés de ajudar, pode piorar o problema. Acompanhe e saiba mais!
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Você dá banho demais no cachorro? Esse pode ser o problema
Muitos tutores acreditam que quanto mais banhos o cachorro toma, mais limpo e cheiroso ele ficará. No entanto, o excesso de banho pode causar exatamente o efeito contrário.
Quando o animal é lavado com muita frequência, a pele perde sua camada natural de proteção, o que favorece o surgimento de desequilíbrios.
Esse processo pode deixar a pele mais oleosa, provocar coceiras e, em muitos casos, gerar odores desagradáveis. O corpo do cão, ao tentar se defender do ressecamento, passa a produzir mais sebo, o que contribui para o cheiro ruim.
Outro ponto importante é o uso de produtos inadequados ou muito agressivos. Shampoos com compostos fortes ou que não sejam formulados especificamente para cães podem irritar a pele e piorar o quadro.
A frequência ideal de banho depende do tipo de pelagem, da rotina do animal e de sua condição de saúde. Em geral, um intervalo de quinze dias a um mês costuma ser suficiente para manter o cachorro limpo sem comprometer a saúde da pele.
Quando há dúvida sobre a frequência mais adequada, a orientação de um veterinário é sempre recomendada.
Outras causas do cheiro ruim
Quando o cheiro ruim persiste mesmo com a higiene em dia e banhos bem espaçados, é sinal de que o problema pode ter outra origem.
Uma das causas mais comuns é a otite, uma inflamação nos ouvidos que pode gerar secreções e odor forte. Cães com orelhas longas ou peludas tendem a ter mais facilidade para desenvolver esse tipo de condição.
O cheiro vindo da região da cabeça, junto com coceiras e vermelhidão, é um sinal claro de que algo está errado. Nesse caso, o banho não resolve, e o animal precisa de avaliação e tratamento adequados.
Problemas bucais também são motivo frequente de odor. Acúmulo de tártaro, infecções na gengiva ou problemas nos dentes podem provocar um cheiro forte que não sai com banho.
O mesmo vale para questões dermatológicas, como dermatites, infecções fúngicas ou bacterianas, que provocam alterações na pele e no cheiro natural do animal.
Em todos esses casos, o tutor deve ficar atento aos sinais e procurar um veterinário assim que notar que o cheiro persiste mesmo com higiene adequada.
O tratamento correto, com produtos indicados e a frequência de banho recomendada para o tipo de cão, é o que garante saúde e bem-estar, sem necessidade de excessos ou improvisos.
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