Você já parou para observar os principais sinais que os cachorros dão para comunicar alguma coisa? Se ainda não parou para pensar sobre isso, este é um bom momento para refletirmos, em conjunto, sobre esse assunto.
Neste artigo, a equipe do Portal do Dog preparou um guia completíssimo com diversas informações sobre isso. Aprenda um pouco mais sobre a linguagem canina e comece a observar a maneira como o seu amigo de quatro patas se comporta no dia a dia.
Acompanhe!
Principais sinais que os cachorros dão para se comunicar
Antes de qualquer coisa, queremos convidar você para conhecer um pouco mais sobre os sinais que os cachorros dão, de um modo geral. Assim, você terá subsídios para observar a maneira como o seu amigo de quatro patas tem agido no dia a dia.
Veja quais são os principais sinais que o pet usa na hora de “dizer” que está com medo, com alegria, dor, etc.:
- Mexem o rabo;
- Olhares;
- Uivos e gemidos;
- Latidos;
- Lambida;
- Movimento das orelhas;
- Postura;
- Mudanças comportamentais, como agitação ou tranquilidade excessiva;
- Alterações na rotina de sono e alimentação;
- Mordidinhas;
- Deitar e rolar;
- Entre outros.
Basicamente, são esses movimentos corporais e atitudes vocais que o cachorro usa na hora de demonstrar algo que ele está sentindo ou temendo. No entanto, sabemos que essa lista é muito geral, não é mesmo?
Por isso, preparamos um verdadeiro guia para diversas situações. Abaixo você entenderá como os sinais da lista acima são colocados em prática em situações de dor, frio, vontade de brincar e muito mais.
Continue lendo e descubra mais sobre o seu pet!
Veja também se conversar com seus animais de estimação pode ser sinal de inteligência.
Sinais que os cachorros dão quando estão com dor
Vamos começar desvendando os principais sinais que os cachorros dão com dor? Eles podem nos ajudar a detectar quando algo não vai muito bem no dia a dia dos nossos pets.
Basicamente, podemos pensar em mudanças como:
- Mudanças comportamentais: De início, as mudanças comportamentais costumam ser um dos principais sinais. O pet pode começar a ficar muito agitado, por conta do desconforto, mas também pode ficar mais quietinho e “encolhido”, tentando controlar a sensação de dor.
- Lambedura: Outro sinal muito comum é a lambedura excessiva. Para tentar minimizar a sensação de dor, o pet pode começar a lamber a região que sente dor, como forma de aliviar ou mesmo minimizar a sensação predominante.
- Vocalizações: As vocalizações de gemido, “choro” e uivo também podem aparecer. Se elas estiverem associadas aos outros sinais que listamos logo acima, é importante ficar atento: seu cão pode estar sofrendo com muito desconforto.
Observe, inclusive, se esses choramingos pioram quando o pet se move, tenta caminhar ou mesmo quando você encosta nele. Pois tudo isso pode ser sinal de que ele está sofrendo com alguma dor. - Mudanças de postura: Outro sinal que o cachorro pode dar é a mudança na postura corporal. Ele pode ficar mais arqueado, “torto” ou qualquer coisa diferente nesse sentido para tentar “tirar a sobrecarga” da parte do corpinho que está doendo.
- Alterações no apetite: O cachorro também pode começar a comer demais ou de menos, demonstrando que algo não vai bem. Normalmente, a alteração é de deixar de comer, mas, ainda assim, se o pet aumenta a ingestão alimentar, fique atento!
Basicamente, esses são alguns dos principais sinais que os cachorros dão quando estão com dor.
Lembre-se de que, ao observar esses sinais, é fundamental conversar com um veterinário, especialmente se as alterações estão prejudicando o bem-estar, a alimentação e a qualidade de vida do pet.
É importante evitarmos deixar o tempo passar, pois dependendo da causa da dor, a situação pode piorar, ok?
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Sinais que os cachorros dão quando estão com frio
Vamos agora desvendar os principais sinais que os cachorros dão quando estão com frio? Esses sinais podem ser sutis às vezes, mas, em outras ocasiões, você pode logo se dar conta de que seu amigo precisa de um aconchego maior.
Veja quais são os principais sinais nesse caso:
- Encolhimento: A postura do pet tende a ser mais “encolhida” quando ele está com frio. Ele tenta manter o corpo quentinho dessa forma, e pode ficar sempre em cantinhos, encolhido, como forma de buscar reduzir a exposição ao frio.
- Redução do nível de energia: Seu pet parece ter mudado o comportamento a ponto de ficar muito quietinho, sossegado, caladinho? Bem, ao invés de apenas pensar que ele está mais “maduro e calmo”, verifique se ele não está com frio, na realidade.
- Tremedeira: A tremedeira é muito comum quando o pet está com frio. Se o seu cão está com calafrios que vêm e vão, tente aquecê-lo um pouquinho.
- Procura constante por abrigo: Outra alteração no comportamento muito comum é a procura por abrigo. Um cachorro com frio pode tentar se esconder debaixo da cama, dentro de um sofá ou mesmo dentro de um guarda-roupa.
- Rabo “encolhido” ou entre as pernas: Como forma de tentar ficar mais quentinho, a cauda do cachorro pode parecer mais encolhida do que o normal, permanecendo entre as patas do cão.
- Aumento de latidos: A questão dos latidos é bem variável, de acordo com a personalidade do pet. Porém, há cães que costumam latir mais para demonstrar que estão desconfortáveis com o frio, enquanto outros podem ficar mais quietinhos.
Lembre-se de sempre observar esse tipo de alteração, levando em conta a temperatura ambiente. Também toque nas orelhinhas do cão: se elas estiverem muito geladas pode ser que ele realmente esteja com frio.
Procure sempre criar cantinhos aconchegantes para o pet descansar e se aquecer, mas, ao mesmo tempo, evite agasalhá-lo exageradamente.
Afinal, colocar roupinhas demais e impedir que o pet sinta um pouquinho de frio (com segurança), pode fazer com que ele fique cada vez menos adaptado ao clima gelado.
Portanto, cuidado com os excessos e lembre-se de sempre conversar com o veterinário para encontrar a melhor alternativa para o seu pet.
Sinais que os cachorros dão quando querem brincar
Possivelmente você já conhece muitos dos sinais que os cachorros dão quando querem brincar, não é mesmo? Afinal, se você é apaixonado pelo seu pet, já deve ter “detectado” alguns sinais mais comuns que ele apresenta.
Vamos, juntos, desvendar um pouco mais sobre isso? Veja a listinha abaixo:
- Movimentos da cauda: Os cães movimentam as caudas rapidamente e de uma forma agitada quando estão demonstrando mais vontade de brincar e de se divertir. Em algumas situações, o movimento do rabo é tão intenso que todo o corpinho do pet acaba se movimentando, parecendo que ele está “rebolando”.
- Latidos: Quando o cão está com vontade de brincar, ele pode acabar latindo de forma bastante aguda e intensa. Ele late mais alto, ao mesmo tempo em que movimenta o corpinho de forma rápida, como em forma de pulinhos.
- Postura e movimentos corporais: E por falar em pulinhos, o pet pode, realmente, começar a pular, especialmente ao redor do tutor, demonstrando um interesse genuíno pela próxima brincadeira que será colocada em prática. Tem como não amar esse sinal que o cachorro dá?
- Mordidas: Os cães também podem começar a dar mordidinhas no tutor para demonstrar o interesse por uma rodada de brincadeiras. Essas mordidinhas, normalmente, são leves a ponto de não causar dano nenhum ao tutor. O pet sabe qual a intensidade segura da mordida e a faz apenas para chamar a atenção. Normalmente, essas mordidas são dadas na mão do tutor.
- Posição das orelhas: As orelhas, durante a demonstração de interesse por brincadeiras, costumam ficar levantadas. É como se o pet demonstrasse que está super alerta e deseja se divertir de diversas formas.
Sem dúvidas, esses sinais que os cachorros dão são impossíveis de serem ignorados e empolgam a nós, tutores, não é mesmo?
Quais outros sinais você observa quando o seu pet está querendo brincar? Se houver mais algum que não comentamos acima, pode descrever nos comentários lá embaixo!
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Sinais que os cachorros dão quando estão com medo
Agora que já vimos os sinais que os cachorros dão quando estão com dor, frio ou querendo brincar, vamos agora desvendar um pouco mais dos sinais de medo?
Afinal, às vezes saímos para passear com os pets, mas nem nos damos conta de que determinadas situações podem assustar profundamente os nossos amigos de quatro patas.
Portanto, fique de olho nos sinais abaixo e tente criar ambientes seguros para evitar o estresse e a ansiedade nos pets:
- Mudanças na postura: As alterações na postura costumam ser bem evidentes. O cachorro pode ficar mais encolhido, com a cabeça mais abaixada, e até mesmo o corpinho pode ficar mais “abaixado” como forma de demonstrar medo.
- Posição da cauda: Normalmente, a cauda do cachorro fica entre as pernas quando ele está com medo. Ele pode até abaixar a sua “traseira” um pouquinho, ficando com a postura mais “torta” nesse sentido.
- Lambedura: Um pet, quando está com medo, pode começar a lamber excessivamente em volta da sua boca, como também pode tentar lamber a pessoa que está o deixando assustado.
- Corpo tremendo: Além de tremer quando está com frio, um cachorro também pode tremer porque está com muito medo de alguma coisa, como um ruído alto, outros cachorros, um ser humano, etc.
- Agressividade: Muitas pessoas confundem a agressividade do pet com a falta de controle dele, achando que ele é “bravo”. Mas, na realidade, o pet pode estar, acima de tudo, demonstrando medo. Isso porque quando o cachorro se sente exposto a uma situação negativa, ele pode acabar ficando agressivo como forma de se defender. Ou seja, não é uma questão de “raiva”, mas, sim, de medo.
- Mudanças no olhar: Um cachorrinho com medo pode tentar impedir o contato visual com a pessoa ou com o outro cachorro que está perto dele. Ele faz isso desviando os olhos com uma certa constância, para não “encarar” a situação.
- Orelhas abaixadas: Por fim, outro sinal muito comum quando o cachorro está com medo é o de deixar as orelhas mais abaixadas. Isso tudo se encaixa naquele movimento de ficar mais encolhidinho, que mencionamos anteriormente.
Quando você observa os sinais que os cachorros dão quando estão com medo, é preciso ter cautela.
Como vimos, o pet pode ficar bastante agressivo ao sentir medo, o que pode fazer com que ele acabe atacando a pessoa.
Portanto, evite ficar tocando o pet e não faça movimentos bruscos. Tente acalmá-lo mantendo uma postura mais tranquila, sem “forçar” a aproximação.
Na dúvida do que fazer nesse tipo de caso, converse com um profissional, combinado?
Sinais que os cachorros dão quando estão com raiva/bravos
Os sinais que os cachorros dão quando estão bravos ou irritados são clássicos, mas será que você conhece todos eles?
A seguir, listamos alguns dos principais para que você tire as suas dúvidas:
- Postura corporal mais rígida: Um cachorro com raiva pode aderir a uma postura corporal que seja muito mais rígida. Ele pode parecer menos relaxado, arquear as suas costas, demonstrar movimentos mais “desafiadores”, etc. Além disso, ele tende a ficar mais “parado”, sem mudanças bruscas na posição do corpo.
- Pelos eriçados: Os pelos das costas podem ficar eriçados, ou seja, levantados, como forma de fazer com que o pet pareça maior do que ele realmente é. Isso serve para “assustar” qualquer outro cachorro ou até mesmo ser humano que possa estar incomodando o cão.
- Sons de rosnado: O rosnado é um dos sinais que os cachorros dão quando estão com raiva, que praticamente todo mundo conhece, convenhamos! Mas lembre-se de que o rosnado é um aviso: o cão não necessariamente irá atacar você, mas, se você insistir em provocá-lo enquanto ele está rosnando, pode ser que ele te morda sim.
- Exposição dos dentes: Como forma de intimidar aquele que possa estar causando algum desconforto ou incômodo ao pet, o cão pode começar a mostrar os dentes, em conjunto com o som de rosnado. Essa é uma forma de parecer valente e poderoso, e pode fazer com que o cachorro consiga “espantar” aquele que está incomodando.
- Movimentos mais lentos e aparentemente calculados: Quando um cachorro quer brincar, seja com o seu tutor ou com outros animais, ele fica mais agitado, saltitante, etc. Em contrapartida, quando ele está com raiva ou bravo, seus movimentos ficam mais frios e lentos. Ele deixa de ser um pet saltitante e passa a ser um pet muito mais analítico, digamos assim. Desse modo, ele se movimenta devagar, como se estivesse se preparando para atacar.
Ao observar esses sinais, é preciso tentar manter a calma e se afastar tranquilamente do pet, sem dar as costas a ele.
Evite enfrentá-lo ou tentar prendê-lo se você não tiver experiência nesse tipo de situação. Afinal, a mordida do cachorro, especialmente de cachorros desconhecidos, pode trazer danos à sua saúde.
Na dúvida do que fazer, tente sempre entrar em contato com um especialista, como um veterinário ou adestrador, combinado?
Sinais que os cachorros dão quando estão doentes
Antes, vimos alguns sinais de dor, como a lambedura na região doendo e mudanças na postura.
Agora, vamos desvendar os sinais que o pet pode dar quando se sente mal, sem energia, cansadinho, etc. Veja só:
- Alterações no padrão urinário: Um cachorro com problemas de rim, por exemplo, pode ter alterações significativas no seu padrão urinário. Se antes ele urinava X vezes por dia, e agora faz muito mais xixi ou muito menos, fique de olho.
- Alterações no sono: Um cão doente, assim como acontece com nós, humanos, pode ter alterações no seu sono. Ele pode começar a dormir demais, por conta de uma fadiga, como também pode dormir de menos, por conta do desconforto.
- Comportamentos atípicos: Sempre observe as alterações comportamentais do seu amigo de quatro patas. Se ele é muito alegre e ativo, e do nada fica muito silencioso, pode ser que ele esteja doente. Da mesma forma, se ele é mais tranquilo e parece mais agitado do que o normal, pode ser que ele também esteja passando por algum incômodo.
- Respiração anormal: A respiração do pet parece anormal? Ele parece suspirar demais, respirar muito profundo ou tem uma respiração muito curta? Fique de olho, pois isso pode indicar que algo não vai bem.
- Mudanças na pele e no pelo: Queda de pelo, aumento de coceira, pele com feridas, pelos frágeis, etc. Todas essas alterações também podem ser sinais de que o cachorro está doente e precisa de alguma ajudinha do tutor.
- Ausência de vocalização: Um cachorro que está sofrendo com algum desconforto e se sentindo doente pode começar a ficar muito caladinho. Se ele sempre vocalizava em determinados momentos, mas acabou ficando muito quieto, fique de olho! Da mesma forma, o contrário se aplica: se o pet é mais quietinho e do nada está muito “falador”, é importante investigar o que está acontecendo.
- Postura que demonstra fraqueza: Uma postura mais encolhida, arqueada, “largada” na caminha, etc., pode denunciar algum problema de saúde do pet. Fique atento!
Veja também: Cachorro doente: como identificar e o que fazer para ajudar?
Sinais que os cachorros dão quando estão com fome/sede
Vamos agora saber um pouco mais sobre os sinais que os cachorros dão quando estão com fome e/ou sede? Veja abaixo e comece a observar se o seu amiguinho age dessa forma:
- Lambedura excessiva: Os cães que estão com fome podem começar a lamber a própria boca excessivamente, especialmente se estiverem vendo algo que chama a atenção deles, como uma comida que eles amam, mas que está inacessível.
- Comportamento agitado: Um cachorro com fome também pode ficar mais agitado, como se estivesse tentando chamar a atenção do tutor. Dependendo da personalidade do pet, ele pode começar a pular no tutor, ficar “rodeando”, etc.
- Vocalização aguda e choramingo: Uma vocalização aguda e até mesmo choramingo também podem aparecer quando o pet está com fome. Isso porque essa comunicação é muito usada para chamar a atenção do tutor e, assim, receber o alimento.
- Olhar fixo no tutor: O olhar fixo no tutor é outro sinal bem evidente. O cachorro pode ficar encarando o tutor enquanto está sentado em sua frente, tentando demonstrar que está esperando aquela comidinha que ele tanto ama. Esse comportamento pode ser ainda mais evidente quando pet está sentado próximo ao pote de comida.
- Respiração ofegante: Com relação à sede, o pet pode demonstrar uma respiração mais ofegante como sinal de que precisa de um pote de água. Portanto, se você perceber que o seu amigo está muito ofegante, deixe uma aguinha perto dele. Mas, se a respiração ofegante não passar, mesmo bebendo água, procure um veterinário.
Fique atento
Estar atento a todos esses sinais é importante para criar uma rotina de alimentação e hidratação adequada ao pet.
Contudo, lembre-se de que nem sempre quando o pet pede comida ele, realmente, está com fome. Afinal, ele pode apenas estar querendo o seu petisquinho de sempre.
Por isso, sempre converse com o veterinário para saber qual a quantidade ideal de alimento para o seu cão.
Assim você garante a nutrição, a saúde e evita o sobrepeso que pode causar danos ao animal.
Lembre-se de que cada cão é único e visite o veterinário regularmente
Embora existam sinais que os cachorros dão em determinadas situações, não podemos nos esquecer de que cada pet é único.
Por isso, pode ser que o seu animal de estimação não se comporte exatamente do modo como exemplificamos neste conteúdo.
Sendo assim, aprender a lidar com o seu pet, conhecer os próprios sinais dele e identificar alterações significativas é de suma importância para poder agir e ajudar quando algo não vai bem.
Além disso, lembre-se de que as visitas regulares ao veterinário são fundamentais para que o profissional examine o seu pet e encontre algum sinal de que algo não vai bem, quando houver.
Desse modo, é possível proteger o seu amigo de quatro patas e dar a ele muito mais qualidade de vida e saúde. Cuide do seu amiguinho!