As hérnias umbilicais em cães são algo para se preocupar porque muitas vezes é preciso interferir para realizar um tratamento adequado.

A hérnia nada mais é que uma frouxidão na musculatura abdominal, de modo que os órgãos internos conseguem passar, formando um ponto de abaulamento na região.

O contato do órgão com a pele do animal forma uma espécie de bolha, que pode ou não aumentar com o passar do tempo.

Além disso, no caso de falhas bem pequenas por ocorrer o fechamento naturalmente. Em muitos casos o cão consegue conviver bem com a condição, desde que seja acompanhado por um veterinário.

Acima de tudo, é fundamental evitar que a hernia se agrave. Mas para saber mais sobre esse tema, continue lendo esse post.

cachorros que soltam menos pelos

Cão peludo – Foto: Freepik

O que são hérnias umbilicais em cães?

Antes de mais nada, deve-se definir a hérnia umbilical como sendo um rompimento de parte da musculatura abdominal, que ocorre sobretudo na área do umbigo.

Com isso, a camada de gordura e os órgãos internos se projetam para o exterior. Dessa forma ficam fora de onde realmente deveriam ficar.

A hérnia umbilical, especificamente, se manifesta justamente no local onde ficava inserido o cordão umbilical.

Ou seja, na região de conexão entre a mãe e o filhote durante a vida uterina do animal, por onde ocorriam as trocas de gases e nutrientes.

Depois do nascimento do filhote, o cordão umbilical cai e, o umbigo geralmente se fecha sem que ocorram maiores problemas.

Shiba Inu

Shiba Inu. Fonte: Freepik

No entanto, pode ocorrer uma frouxidão da musculatura no local ou mau fechamento da região. Com isso, os órgãos conseguem se projetar para o exterior, formando uma protuberância.

A gravidade do problema depende bastante do tamanho da região que permanece aberta e, isso também determina o tamanho da protuberância que vai se formar.

No caso dos cães, existem dois tipos de hérnias, sendo as grandes também conhecidas como irredutíveis e, as pequenas são chamadas de redutíveis.

As redutíveis são as que se pode colocar para dentro até com o auxilio das mãos, mas logo ela salta novamente.

Atenção às hérnias umbilicais irredutíveis

As hérnias irredutíveis são geralmente de maior tamanho e gravidade, sendo, portanto, as mais perigosas.

Deve-se ter uma atenção especial a elas justamente porque podem ocasionar o estrangulamento de tecidos e ocasionar lesões nos órgãos internos.

hérnias umbilicais em cães

Cachorro desanimado – Foto: Freepik

Quando isso acontece, o fluxo sanguíneo fica interrompido e, com isso pode ocorrer uma necrose tecidual.

Para evitar a necrose, é preciso realizar uma cirurgia de emergência. Por sorte, esses casos são incomuns.

A hernia redutível é menor e, na maioria dos casos o intestino nem chega a se projetar ao exterior.

Pela menor extensão, geralmente não há necessidade de se fazer uma cirurgia emergencial. Mesmo assim, ainda é necessário acompanhar a evolução do caso.

O médico veterinário deve avaliar o problema e, assim é capaz de dizer quando é preciso intervir com uma cirurgia corretiva.

Em muitos casos inicialmente não é necessário fazer nada, mas com o tempo a hérnia pode aumentar e, aí sim necessitar de um procedimento cirúrgico.

O que provoca a hérnia umbilical?

 hérnias umbilicais em cães

Cão deitado – Foto: Freepik

Não existe exatamente uma causa que leve ao aparecimento de uma hérnia umbilical, mas a genética do animal pode propiciar isso.

Sendo assim, algumas raças de cães são bem mais propensas a desenvolver o problema. Esse é o caso do Basenji, Shih Tzu, Pequinês, Lhasa Apso, Spitz Alemão e Maltês, por exemplo.

Em alguns casos a hérnia também é traumática, provocada pelo manejo inadequado dos animais logo depois do nascimento.

Isso também pode acontecer quando a mãe corta o cordão umbilical com os dentes, pois isso pode gerar um trauma.

Esse é o caso dos Shih Tzus, por exemplo. Devido ao formato da arcada dentária do cão, quando a fêmea corta o cordão umbilical faz uma tração excessiva e inadequada na região.

Nos casos genéticos, o ideal é castrar os animais portadores de hérnia, visando assim impedir que o gene se propague.

Sinais de o cão está com hérnia de umbigo

hérnias umbilicais em cães

Cão doente deitado no chão – Foto: Freepik

Identificar o surgimento da hérnia umbilical é fundamental para iniciar o tratamento necessário e, assim dar uma melhor qualidade de vida ao cão.

Sendo assim, conheça a seguir as principais manifestações que costumam acontecer nesses casos:

  • Caroço arredondado no abdômen do cão;
  • Pode haver evolução do quadro, com aumento da protuberância;
  • A área acometida fica mais quente;
  • O animal tende a perder o apetite ou comer um pouco menos;
  • Durante a palpação o animal demonstra sentir dor.

Se você perceber alguns ou vários desses sinais, deve encaminhar o cão imediatamente a uma consulta com o veterinário para exames adicionais.

Lembre-se de que em muitos casos pode ser necessário fazer um tratamento emergencial e, nessa situação o diagnóstico tardio pode custar a vida do animal.

Diagnóstico e tratamento das hérnias umbilicais em cães

hérnias umbilicais em cães

Cachorro no Veterinário. Foto: Freepik

Antes de mais nada, deve-se deixar bem claro que por mais que haja um indício bem claro da existência da hérnia, apenas o médico veterinário pode fazer o diagnóstico adequadamente.

Quando o animal passar por uma consulta, o profissional vai examinar a aparência da hérnia, bem como as dimensões dela.

Além disso, é preciso avaliar se existe algum conteúdo no interior da massa. Em alguns casos é preciso fazer uma ultrassonografia para avaliar quais são os órgãos acometidos e que se projetam para o exterior da parede abdominal.

É essencial que o profissional avalie se existe projeção intestinal, bem como estrangulamento ou laceração.

Caso haja algum problema desse tipo, será necessário fazer uma interferência emergencial na região para evitar necrose e agravamento.

Prognóstico e prevenção do problema

A hérnia umbilical pode ter origem genética e, por isso, uma das maneiras de evitar o surgimento da condição é evitar a reprodução de animais portadores do gene.

Além disso, deve-se ter cuidado com o manejo dos animais durante os primeiros dias de vida. Deve-se inclusive evitar pegar os animais no colo para não tracionar a musculatura abdominal.

Mesmo que a hérnia umbilical possa ser grave e cause um pouco de temor nos tutores, o prognóstico geralmente é bom.

Desde que o animal tenha o acompanhamento profissional necessário, não deve ter maiores problemas.

Conclusão

Diagnóstico e acompanhamento profissional são essenciais em casos de aparecimento de hérnias umbilicais em cães. Por isso, se perceber algum sinal indicativo, leve o animal imediatamente a uma consulta.