Os parasitas intestinais em cães representam um problema bastante frequente que afeta não apenas os filhotes, mas também os adultos. Conheça os tipos de vermes de cachorro e qual o tratamento adequado!

Os vermes, de fato, podem se introduzir muito facilmente no corpo do seu amigo peludo: o contato com um ambiente, alimento ou animal infectado é suficiente para desencadear a infestação.

Alguns dos tipos de vermes de cachorro também podem infestar os seres humanos: o que faz a luta contra estes parasitas uma prioridade tanto para o bem-estar de seu melhor amigo, quanto para a sua saúde e a de sua família.

Os vermes em cães pertencem a tipos diferentes: conhecê-los e diferenciá-los com base na aparência e na sintomatologia é fundamental para poder aplicar a prevenção e as terapias mais adequadas em cada caso.

Tipos de vermes de cachorro: mais comuns

cachorro com falta de ar

Entre os parasitas intestinais mais comuns que colonizam o trato entérico do cão estão os nematoides (também chamados de vermes redondos ou cilíndricos) e os cestoides (ou vermes planos).

Ao primeiro grupo pertencem:

Ascaris

São vermes muito longos, com formato semelhante ao de um espaguete cozido: medem em média de 8 a 10 cm de comprimento, mas também podem atingir 18 cm.

Seu perfil é redondo, o corpo liso. Uma vez introduzido no organismo do cão, o parasita adulto se instala no intestino, onde se alimenta dos alimentos ingeridos; os movimentos que ele faz para não ser expulso com as fezes irritam seriamente a mucosa intestinal.

As fêmeas põem ovos que são excretados pelas fezes. Estes últimos são um dos principais veículos de transmissão: na matéria fecal, de fato, os ovos continuam seu ciclo até eclodir e dar vida às larvas, que infectarão outros hospedeiros.

A infestação por Ascaris é um evento recorrente em cachorros porque, se a mãe estiver infectada, as larvas e os ovos podem penetrar na placenta e infectar os filhotes que já estão no útero; após o nascimento, os ovos também podem passar para os filhotes através do leite. Para isso, a desparasitação do filhote deve ser realizada em tempo hábil (geralmente duas semanas após o nascimento).

Ancylostoma caninum

Os vermes ancylostoma caninum são muito finos e pequenos parasitas que normalmente não excedem 2 cm de comprimento. Ao contrário de outros tipos de vermes (como lombrigas), os ancilostomídeos infectam indivíduos adultos apenas raramente: seus hospedeiros, na verdade, geralmente são cachorrinhos com menos de 12 meses de idade.

A transmissão pode ocorrer por via oral ou cutânea; no primeiro caso, o parasita entra no corpo do cão ao ingerir as larvas. Não raramente, porém, o parasita penetra no corpo através do contato com as patas: a partir da pele, ele passa para o sistema circulatório e, depois de passar pelos pulmões, atinge o intestino, onde se alimenta principalmente de sangue.

Tricuríase

Estes são vermes muito pequenos (cerca de 6-7 cm). Seu corpo se parece com um fio de cabelo ou costura e é translúcido. Esses vermes afetam cães de todas as idades, especialmente em locais como canis.

O cão é infestado pela ingestão dos ovos previamente excretados nas fezes por uma pessoa infectada. Estes ovos podem resistir no ambiente por um período muito longo (até anos) e eclodem somente após atingirem o hospedeiro final (o cachorro). Ao contrário de outros parasitas de cães, portanto, é muito difícil infestar seres humanos.

Tênia

Também conhecida como “verme branco achatado”  nas fezes do cachorro, a tênia tem um corpo achatado e segmentado. Dependendo das espécies, as dimensões podem variar de 50 a 250 cm de comprimento.

Como todos os cestoides, a tênia não é transmitida por contato ou ingestão direta de larvas e ovos: para infestar o cão, de fato, faz uso de hospedeiros intermediários (como pulgas, porcos, ruminantes).

A tênia adulta vive e se alimenta do intestino do cão, permanecendo presos às paredes através de uma série de ganchos posicionados na cabeça.

Além desses, o cachorro pode frequentemente ser infestado por outro tipo de protozoário: a giardia. Este parasita é transmitido pela via fecal-oral e, ao atingir o intestino, instala-se causando diarreia; se expelido pelas fezes, forma um cisto que lhe permite viver no ambiente externo, contaminando alimentos, água e superfícies.

Vermes em cães: causas e sintomas

cachorro doente

Os vermes podem infestar o cão por via aérea, cutânea ou oral. Esta é, sem dúvida, a causa mais frequente: o cão pode de fato ingerir as larvas ou os ovos ao lamber o chão, comer as fezes de um cão infectado.

No organismo dos filhotes, o parasita pode se apresentar através do leite da mãe ou, mesmo antes do nascimento, por via transplacentária. No caso de protozoários, a infecção ocorre pela ingestão dos cistos presentes no ambiente (por exemplo, bebendo água infectada); o cão também pode se infectar novamente lambendo a área perianal.

Como saber se o cão tem vermes?

Os vermes de cães apresentam sintomas variáveis, dependendo do tipo de parasita. Mas manifestações comuns em todos os casos são diarreia (aguda ou crônica), perda de peso e anemia.

Quando o cão está infestado de lombrigas, inchaço e dor no abdômen, perda de apetite, má absorção, obstrução intestinal, febre, vômito, desidratação, pneumonia e outros distúrbios do trato respiratório, como tosse e secreção nasal (devido à migração das larvas) também podem ocorrer.

Se um ou mais sintomas ocorrerem, basta olhar para as fezes do seu cão: de fato, muitas vezes já é possível encontrar a olho nu a presença de vermes nas fezes do cão.

Labrador – Foto: Freepik

Levar uma amostra de fezes ao veterinário ajudará a verificar a presença desses vermes nas fezes do cão que só podem ser detectados por um exame específico.

O exame das fezes do cão é essencial. Alguns tipos específicos de vermes só podem ser identificados através de exames de sangue: se você suspeitar de uma infestação, não se limite a observar os vermes nas fezes do cão, mas entre em contato com o veterinário para uma verificação mais precisa.

Tipos de vermes de cachorro e transmissão aos seres humanos

Para alguns vermes caninos (em particular giardia, tênia, lombrigas e ancilóstomos), é possível transmitir aos seres humanos. Os vermes nas fezes do cão são um fator muito perigoso no homem. Além de distúrbios gastrointestinais, de fato, pode causar danos graves e permanentes para diversos órgãos.

Em crianças, alguns vermes de cachorro podem prejudicar seriamente a função visual. Quanto aos vermes e lombrigas em cães, o contágio para seres humanos é uma ocorrência muito comum.

O veículo de transmissão é principalmente fezes contaminadas: mesmo um simples contato epidérmico com um pequeno resíduo ou com uma superfície suja é suficiente para permitir que as larvas ou ovos penetrem no organismo.

Muitas espécies podem sobreviver por um longo período no ambiente externo e, principalmente, infestar o solo. Portanto, é muito importante sempre remover as fezes de animais dos jardins e áreas de recreação para crianças, evitar andar descalço e proteger as mãos com um par de luvas ao tratar o solo e a matéria fecal do cão.

Tipos de vermes de cachorro: tratamentos

Quando o cão é atingido por um parasita, a única cura é a vermifugação. Este procedimento consiste na administração de medicamentos antiparasitários capazes de eliminar completamente os vermes do corpo do cão. Mas para que esta profilaxia seja eficaz sem causar efeitos colaterais, ela deve necessariamente ser prescrita pelo veterinário.

cachorro doente

cachorro doente

Os medicamentos para desparasitar cães, de fato, têm uma formulação direcionada de acordo com o parasita a ser tratado. Somente o veterinário, com base nos resultados das análises, pode estabelecer o tratamento de desparasitação mais adequado para o caso.

A desparasitação de cães pode ser feita em qualquer idade. Mas é um procedimento de rotina nas primeiras semanas de vida. Os filhotes, de fato, podem contrair vermes e protozoários da mãe através da placenta ou do leite, e ainda não possuem os anticorpos necessários para combatê-los, portanto, podem até ser mortais nessa faixa etária delicada. Por esse motivo, a desparasitação de filhotes de cachorro é altamente recomendada já em torno de 15 a 20 dias de vida.

Medidas preventivas simples, mas importantes

  • Manter uma higiene no ambiente doméstico impedirá a propagação de patógenos ligados à presença de sujeira e resíduo de fezes.
  • O cão deve ser rigorosamente treinado para não comer restos de comida ou animais mortos que possam estar infestados de parasitas.
  • Além disso, ao retirar o seu cão, mantenha-o longe de outras fezes de animais. Alguns parasitas entram no corpo através da pele; portanto, sempre limpe muito bem as patas do seu amigo após cada caminhada.
  • As tênias e outros tipos de parasitas geralmente infestam carne crua. Se você der uma porção de carne ao seu cão, portanto, sempre verifique se está bem cozida.
  • Verificar as fezes do seu amigo com frequência ajudará a verificar a presença desses vermes que são facilmente identificáveis ​​a olho nu (como vermes).
  • Várias vezes por ano (duas a quatro para filhotes, duas vezes para adultos) leve uma amostra de fezes ao veterinário para examiná-la, especialmente se seu cão vive a maior parte do dia ao ar livre ou em contato com outros cães.
  • Camundongos e ratos também são veículos de transmissão perigosos: mantenha-os afastados de todos os espaços frequentados por seu cão.

Os parasitas intestinais são uma das maioria das ameaças perigosas para a saúde do seu cão. Mas graças à boa prevenção, você pode efetivamente evitar a infestação.