Alguns cuidados estéticos com os pets acabam sendo tomados mais por preferência visual dos tutores do que por necessidade real do animal.
Muitas vezes, determinadas práticas viram tendência, são replicadas por pet shops ou salões de banho e tosa, e acabam sendo vistas como comuns.
Porém, nem tudo que parece bonito é realmente confortável para o pet. Um caso recente compartilhado nas redes sociais chamou atenção para uma questão que merece ser debatida com mais seriedade: o impacto de certos penteados na saúde e no bem-estar dos animais.
Vale a pena entender o que aconteceu e por que o alerta é importante.
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Penteado apertado prejudica a saúde dos pets

Uma tutora levou sua cadela da raça shih-tzu a um pet shop para um serviço de banho e tosa. Ao buscar a cadela, percebeu que um penteado havia sido feito com elásticos amarrados com força excessiva.
A tração causada pela amarração deixou os fios de pelos completamente esticados, o que gerou desconforto evidente.
Como consequência, os olhos da cadela ficaram bastante expostos e apresentavam sinais claros de irritação, como vermelhidão.
A tutora relatou em suas redes sociais que acredita que a cadela sentiu dor no momento do penteado, uma vez que os fios foram puxados de forma intensa.
O caso trouxe atenção para um cuidado que nem sempre é discutido: o limite entre estética e bem-estar nos procedimentos feitos em pet shops.
Cuidados com os penteados

Quando se trata de estética em pets, o conforto e a saúde devem estar sempre em primeiro lugar. É importante lembrar que os animais não têm como expressar desconforto da mesma forma que os humanos, então cabe ao tutor observar sinais que podem indicar que algo está errado.
Se o animal tenta coçar ou esfregar repetidamente a cabeça, movimenta-se de forma incomum ou apresenta mudanças no comportamento logo após um penteado, esses já são indícios de incômodo.
Outro sinal importante é a vermelhidão nos olhos, que pode indicar que a região próxima está sendo tensionada. A exposição ocular excessiva, causada por puxar demais os pelos, pode ressecar a região e facilitar lesões ou infecções.
O ideal é sempre conversar com o profissional responsável antes do atendimento, explicar quais são os limites desejados e evitar o uso de elásticos muito apertados ou acessórios que forcem a pele do animal.
Caso seja necessário prender o pelo por questões práticas, o tutor pode optar por amarrações leves e sem pressão, que apenas organizem os fios sem repuxar.
Prestar atenção no comportamento do animal após qualquer tipo de tosa ou penteado também é fundamental.
Qualquer alteração deve ser levada a sério e, se houver sinais de dor ou lesão, a recomendação é procurar um veterinário o quanto antes.
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