O colunista Bruno Krasnoyev, que não usa seu nome verdadeiro quando vocifera as opiniões mais extremas e preconceituosas no blog “Tá lendo por quê?”, questionou em seu último artigo a comoção do público quanto ao caso brutal do assassinato de um cãozinho nas ruas de Presidente Figueiredo, no Amazonas (leia a matéria aqui).

Como seu título já deixa bem claro o tipo de desenvolvimento que está por vir, ele não compreende a importância que a sociedade dá aos animais e acredita que “quem trata cachorro como gente é doente”.

Resumindo o texto, ele só reforça a ideia de que o ser humano é o único animal que de fato merece atenção e justiça, no topo de uma hierarquia insana que pune todas as outras espécies do planeta e as categoriza automaticamente como menos importantes.

Segundo sua teoria, o público não se comoveria tanto se o mesmo crime tivesse acontecido com um morador de rua. Ele julga ser inconcebível a relação e significado do cachorro na sociedade, vivendo vidas de “sultões” enquanto há crianças nas ruas sofrendo.

Ele só esquece que uma comunidade realmente igualitária não exclui ninguém, e garante que o bem estar de todos os animais que nela vivem seja preservado.

Infelizmente, os animais em geral não podem se defender nessa selva de pedra que vivemos, e sem vozes e direitos que os protejam, estão sujeitos a todo tipo de barbárie.

Devemos lutar para que todos sejam tratados de forma digna, sem exceções. Eu sugiro que, se realmente essa causa tocar muito ao colunista, que ele vá e lute por ela, já que é impossível abraçar o mundo e mudar a vida de todos. Respeite e agradeça os que trabalham para outras causas, somos todos conectados e a boa ação que o outro faz chega em você de alguma maneira. Não lute para que o auxílio seja focado em apenas um grupo, mas para que todos recebam a ajuda que precisam.

 

Foto: Reprodução/R7

Foto: Reprodução/R7

 

Leitura recomendada: Quanto mais amor melhor. Nenhuma causa é mais importante que a outra.